Segundo a EPE, Empresa de Pesquisa Energética do Governo Federal responsável por planejar, organizar e realizar as licitações e leilões de energia pelo Brasil, na Bahia é onde se concentra a maior parte dos projetos de geração e distribuição de energia solar.
Hoje, o estado já registra mais de 150 projetos ligados ao setor e esse número segue crescendo. Mas por que há tanto interesse dos investidores em produzir energia solar na Bahia?
Isso é o que você vai descobrir a partir de agora. Além disso, verá também quais áreas da economia são mais afetadas com esses projetos. Acompanhe!
O grande potencial da energia solar na Bahia
O que justifica a escolha do interior baiano para a instalação de grandes geradores de energia fotovoltaica é o fato de que o estado oferece o maior número de dias ensolarados no ano, em comparação com qualquer outro lugar do Brasil.
Além disso, os terrenos possuem bom preço de compra e oferecem uma topografia favorável a esse tipo de projeto, já que muitas áreas são totalmente planas.
Há um leilão de concessões marcado para acontecer em 2021. Até lá, o governo deve receber mais de 550 projetos para a região, mas nem todos participarão.
Haverá uma pesquisa de viabilidade antes e somente os projetos com maior potencial de geração de energia e retorno financeiro concorrerão. O objetivo é que pelo menos 30% das ofertas sejam convertidas em instalações reais.
Áreas que mais se beneficiam com essa tecnologia
Mesmo agora, antes dessas concessões, a Bahia já detém o maior parque de usinas de energia solar do Brasil. Com isso, muitas empresas de diversos ramos da economia já aderem à tecnologia, trazendo grandes benefícios para os negócios. Conheça agora as áreas que mais estão obtendo vantagens com a energia renovável:
Agricultura
Hoje, a zona rural do estado já consome mais de 15 megawatts de energia gerada pelos painéis solares. Com essa marca, a Bahia multiplica o seu potencial de geração em praticamente 9 vezes, se comprado com o ano de 2017. Esse consumo é bem grande na agricultura.
Os lavradores são os maiores responsáveis por fornecer alimentos às grandes cidades e agora podem complementar a renda fornecendo também energia.
Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), fez um relato recente à Agência Brasil afirmando que muitos agricultores já produzem a sua própria energia e vendem o que sobra para outras empresas e moradores de áreas urbanas da região.
O uso da energia solar é mais aplicado na irrigação, onde se exige um maior consumo de eletricidade na produção agrícola. Sistemas de irrigação tradicionais estão dando lugar a projetos de bombeamento de água que usam apenas a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos.
Assim, quando o sol nasce ele liga automaticamente. O mesmo acontece quando o sol se põe, desligando o sistema. Isso automatiza parte da produção e ajuda a irrigar o solo durante os horários em que ele mais precisa.
Indústria
Além da agricultura, o setor industrial vem se beneficiando muito com a energia solar. Um exemplo disso são as fábricas de sorvete.
Ainda segundo Rodrigo Sauaia, no verão, a demanda é muito grande e a indústria consome muita eletricidade para manter os produtos congelados na temperatura ideal, o que gera altos custos para o negócio. Porém, com a energia solar, essas fábricas consomem a energia que precisam sem gastar tanto.
Setor público
Prédios governamentais da região também estão aderindo aos projetos de geração e consumo da própria energia. O processo é lento, mas caminha para um futuro promissor. Isso não vem acontecendo só na Bahia, mas em todo o país.
Em Brasília, as sedes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Ministério de Minas e Energia (MME) instalaram painéis fotovoltaicos em seus telhados, tornando-se autossustentáveis energeticamente. Como a Bahia é o estado de maior concentração de usinas de energia solar, é esperado que mais órgãos governamentais da região passem a usá-las nos próximos anos.
Prédios comerciais
Apesar de poucos prédios comerciais contarem com a energia limpa, já existem empresas investindo nesse sentido. Seja criando o seu próprio sistema de geração, seja contratando o consumo de energia gerada por uma das usinas estabelecidas na região, essa já é uma realidade na Bahia.
O mesmo deve acontecer com os prédios residenciais, à medida que os parques industriais se expandam e gerem mais energia.
Impacto ambiental gerado com a tecnologia
Ao usar energia solar, empresas comerciais, indústrias e agricultores podem substituir os geradores tradicionais por um sistema silencioso, limpo e de fácil mobilidade. Ou seja, deixam de usar um equipamento barulhento e que consome combustíveis fósseis, como o óleo diesel, eliminando a liberação de gases poluentes no meio ambiente.
Isso é importante, particularmente para trabalhar a imagem do negócio, uma vez que a sociedade exige que a responsabilidade socioambiental comece nas empresas.
Viabilidade de implementação
Há alguns anos, usar energia solar era muito caro e inviável economicamente. Hoje, esse cenário mudou. As tecnologias utilizadas nos painéis fotovoltaicos evoluíram. Agora, elas são mais resistentes e acessíveis.
Em comparação com 2 anos atrás, o custo do investimento baixou cerca de 25%, se tornando mais atrativo. Se você comparar os últimos dez anos, pode perceber uma redução de até 80% nos custos.
Com isso, o uso da energia solar vem crescendo rápido no Brasil, não só pelas questões ambientais, mas por que, em breve, será mais barata que a convencional abastecida pela rede pública.
Influência da energia solar na geração de empregos
A partir do momento que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) fez a primeira concessão para a produção de energia fotovoltaica no estado baiano, no ano de 2016, mais e mais investidores interessados surgiram.
Só para você ter uma ideia, aproximadamente 10 empresas, entre fabricantes, vendedores e locadores de placas solares, foram abertas em Salvador nos últimos 3 anos.
Isso demanda uma grande mão de obra e o setor já emprega mais de 13 mil pessoas, só no interior. Com os projetos de investimentos em andamento, esse número deve aumentar para 20 mil até 2021.
Dessa forma, enquanto as usinas de energia solar se espalham pelas regiões de Tabocas, Bom Jesus da Lapa e Brejo Velho, em Salvador, jovens empreendedores investem cada vez mais em empresas de venda e aluguel das placas fotovoltaicas.
O objetivo é atender a demanda das próprias usinas, além de projetos menores, como prédios residenciais, comerciais e pequenas indústrias que desejam se tornar autossustentáveis energeticamente.
Como pôde ver, a energia solar na Bahia não é só uma tendência, é uma realidade que vem crescendo a passos largos. Se você tem interesse em seguir esse caminho também, aproveite o momento para gerar uma boa imagem da sua empresa e, de quebra, reduzir a conta de luz.
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