Presença feminina no mercado de energia solar: inovação, gestão e liderança

Em 2021, cerca de 40% das contratações realizadas no setor fotovoltaico foram de profissionais do gênero feminino.

A partir de todas as lutas e esforços ao longo do tempo, as mulheres vêm conquistando espaços na sociedade que antes foram negados a elas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representam a maioria da população brasileira, com cerca de 51,1%. No entanto, mesmo sendo maioria, a presença feminina é ainda dificultada em diversos setores, incluindo o mercado de trabalho e a política.

No Brasil, em média, de cada dez mulheres em idade para trabalhar, apenas 5 participam do mercado (empregadas ou buscando trabalho), de acordo com micro dados da PNAD Contínua – IBGE. O levantamento ainda aponta que, no 4º trimestre de 2022, a participação feminina no mercado de trabalho (52,7%) permaneceu abaixo do registrado no 3º trimestre de 2022 (53,4%).

Mesmo sendo em média mais bem instruídas do que os homens, as mulheres brasileiras ainda enfrentam resistências para acessar o mercado de trabalho. Essa realidade denuncia, então, um problema de cunho social, que além de produzir desigualdades estruturais, acaba se materializando em uma deficiência econômica, uma vez que talentos em potencial estão fora da força de trabalho.

Em contrapartida, no setor energético, as mulheres estão ocupando cada vez mais espaços, desde a produção a cargos de gerência. Em 2021, cerca de 40% das contratações realizadas no setor fotovoltaico foram de profissionais do gênero feminino. Seguindo essa tendência, de acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês), os empregos criados para o gênero no setor foram relacionados à fabricação de equipamento, seguidos por prestadores de serviços e desenvolvedores com 39% e 37% respectivamente.

Por outro lado, instaladores de energia fotovoltaica têm o menor desempenho, com 12% da força de trabalho do segmento. os empregos conquistados por mulheres no setor foram relacionados à fabricação de equipamentos, seguido pela prestação de serviços e desenvolvedoras, com 39% e 37% respectivamente. Por outro lado, no que tange a instalação desse tipo de energia, elas têm o menor índice, representando apenas 12% da força de trabalho.

Ainda segundo a IRENA, a representatividade feminina em cargos de liderança e gerência no setor de energia fotovoltaica caminha a passos curtos, pois apenas 30% dos cargos gerenciais e 13% dos cargos de gerenciamento sênior na indústria são ocupados por mulheres.

Indo na contramão destes dados, sabe-se que a presença feminina em posições de liderança pode trazer benefícios como maior diversidade de pensamento e perspectivas, além de promover um ambiente mais inclusivo e igualitário. Diante disso, é importante que medidas concretas sejam tomadas pelas organizações para promover a diversidade e inclusão nas empresas do ramo, uma vez que a falta de mulheres em cargos de liderança pode representar uma perda de talentos e oportunidades para a indústria.

Isto posto, a presença de mulheres no quadro de colaboradores é benéfica para as empresas. Tendo esse entendimento e buscando sempre diminuir os passos para a igualdade, a HCC Energia Solar possui um quadro de colaboradores no qual as mulheres representam 28%, ocupando cargos na diretoria, liderança, administrativo e gestão de franquias da cia.

A presença feminina na HCC Energia Solar.

A HCC Energia Solar é uma empresa que há mais de 17 anos atua no setor de energia. Depois que voltou seus negócios para a energia solar, a empresa possui mais de 190MW instalados em todo o Brasil e mais de 7 mil projetos elétricos e solares em mais de 50 concessionárias no país. Nesse contexto, o trabalho diário que nossas mulheres desempenham para levar liberdade energética para cada vez mais pessoas é fator de impacto direto no sucesso da organização, bem como nas conquistas da mesma.

Dienifer Custódio, graduada em Gestão Comercial com MBA em Gestão Estratégica de Negócios, é uma das colaboradoras que conquistou diversos espaços dentro da empresa. Ela começou como recepcionista e SDR em 2019, liderou a expansão da rede HCC e hoje é Head de Suporte Comercial, sendo responsável por equilibrar as necessidades e expectativas da Rede Franqueada, a performance de sua equipe e os objetivos da companhia.

Para Dienifer, a carreira de gestão e sua experiência dentro da HCC são pautadas na liderança humanizada e no foco em resultados, o que é uma boa combinação para caminhar sentido ao desenvolvimento. Ela ressalta que o protagonismo das mulheres no setor de energia solar é um desafio instigante e que exige muita dedicação e resiliência.

Dienifer percebe as empresas como a HCC Energia Solar estando comprometidas com a diversidade e inclusão, como um passo para tornar seres humanos melhores de dentro para fora da organização, o que acaba atingido a sociedade. Ela reafirma que o potencial profissional e a capacidade das pessoas não se definem com base no gênero, cor da pele, opção sexual ou qualquer outra variável forma.

Neste ano, a HCC Energia Solar se tornou signatária dos objetivos da Agenda 2030, comprometendo-se com diversas metas, incluindo a redução das desigualdades e a promoção da igualdade de gênero. Desde então, a empresa tem trabalhado para estruturar seu Comitê de Diversidade e Inclusão, liderado pela 1ª Líder Negra da HCC, Greice Morati, graduada em Relação Públicas. Ela entrou na empresa como Head de Comunicação e Marketing após se identificar com a filosofia da empresa.

 

Durante os últimos três anos, Morati liderou vários projetos de marketing, incluindo o rebranding da marca e a organização da primeira Convenção Nacional de Franquias da HCC, que atualmente está em sua 4ª edição e é uma das maiores convenções de franquias do mercado solar no Brasil. Hoje em dia, ela está à frente da Comunicação Institucional e Endomarketing da empresa, com uma equipe forte e diversa, implementando diversas ações de reputação de marca e fidelização dos públicos de interesse da empresa.

Como uma líder, Morati destaca que as mulheres que ocupam cargos de liderança geralmente possuem características próprias, como empatia, compaixão, comunicação eficaz e a capacidade de ser multitarefas. Para ela, essas habilidades são essenciais em um ambiente de trabalho colaborativo, onde a capacidade de ouvir e entender as perspectivas de outras pessoas é crítica para o sucesso.

“Mulheres tendem a ser mais abertas e inclusivas em sua abordagem à liderança, o que pode levar a uma maior coesão da equipe e a uma maior satisfação no trabalho”, comentou Morati. No entanto, ela reconhece que ainda há desafios significativos a serem enfrentados e que as mulheres muitas vezes enfrentam preconceitos e estereótipos negativos quando buscam posições de liderança. “Obviamente, ainda estamos longe do ideal, mas somos cada vez mais comprometidos pela igualdade, principalmente, a de gênero e raça”, afirmou Greice.

Por isso, é importante que as organizações e empresas trabalhem para promover a igualdade de oportunidades para as mulheres em todas as áreas. Na HCC, a importância de reconhecer e promover a diversidade e inclusão é também motivação para ser um exemplo de como isso pode ser feito no mercado solar brasileiro.

Muitas mulheres ainda enfrentam resistência para acessar áreas de conhecimento ligadas às ciências exatas e à produção, de acordo com a PNAD Contínua 2019 e o Censo de Educação Superior. Ainda assim, as mulheres têm conquistado posições importantes em áreas como inovação, empreendedorismo e gestão. A Diretora Financeira (CFO) da HCC Energia Solar, Andrea Kogitzki, é um exemplo disso.

Andrea é a única mulher membra do conselho da direção da empresa e sua posição é referência para outras mulheres que almejam o mesmo para suas carreiras. Quando questionada pela sua representatividade dada a seu cargo, ela afirma que “Essa percepção é bem forte, até mais do que eu mesma poderia imaginar. Sinto que sou observada a todo o tempo pelas colegas em relação a desempenho, ética & conduta, comportamento & empatia e atuação profissional em si”, diz Kogitzki.

A Diretora Financeira da HCC, que possui experiência internacional, compartilha conselhos para mulheres que desejam fomentar ambientes de negócios. Em suas próprias palavras, ela diz: “Busque conhecimento técnico, foco, empatia e ética. É importante manter-se constantemente atualizada e se educar para poder transitar entre carreiras. Além disso, ame o seu trabalho acima de tudo.” Com esses conselhos, Andrea incentiva mulheres a buscar a excelência em suas carreiras e a se orgulharem de seu trabalho.

Por outro lado, as mulheres também sentem o impacto da responsabilização da maternidade no ambiente corporativo. Uma pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (Rede MESol) apontou que 42% das mulheres atuantes no mercado solar são mães e que, dentre elas, 47% tiveram apoio de seus supervisores, orientadores ou chefes para continuar o aleitamento materno após o fim da licença-maternidade.

A colaboradora da HCC, Giandra Silva, está com 34 semanas de gestação e segue trabalhando na companhia antes de sair para licença-maternidade. Durante sua gestação na empresa, ela teve o apoio da liderança e dos colegas de trabalho. “As pessoas no ambiente de trabalho têm sido muito solícitas, permitindo que eu passe na frente no banheiro e ajudando a evitar subir e descer escadas desnecessariamente”, conta Giandra. Ela diz estar confortável e confiante para voltar ao trabalho após o fim da licença. “Mesmo que eu vá ficar ausente por seis meses, já estou ensinando tudo o que posso para a pessoa que vai ocupar o meu lugar e espero que ela seja ainda melhor quando eu voltar”, completa.

São as profissionais citadas aqui, assim como tantas outras colaboradoras da cia, que contribuem diariamente para o sucesso da empresa. Cada uma delas detém particularidades e diversidades que representam uma vitória parcial empreendida pela organização na luta para reduzir as desigualdades sociais. Vale destacar que, seja na HCC Energia Solar ou em qualquer outra instituição, as mulheres merecem os espaços conquistados, pois possuem um papel importante a desempenhar em áreas como inovação, empreendedorismo e gestão.

Apesar das dificuldades enfrentadas, as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho e têm mostrado sua capacidade de liderança e de superar obstáculos. É fundamental que as empresas criem um ambiente de trabalho inclusivo e acolhedor para as mulheres, valorizando seus talentos e habilidades, e que incentivem a participação feminina em áreas de conhecimento ligadas às ciências exatas e à produção.

Redação: Nataly Dandara – Analista de Comunicação Institucional.
Fotos: Marcel Jaques – Diretor de Arte.
Revisão: Greice Morati (Head de Comunicação) e Gabriela Esteves (Analista de Endomarketing). 

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