Energia solar no Rio Grande do Sul: temos irradiância suficiente?

Muitos clientes nos perguntam: “Aqui, no sul, não tem tanto sol… Será que meu sistema fotovoltaico gerará energia solar suficiente?”. Esse questionamento é natural, principalmente por que o RS é conhecido pelos invernos bem intensos, com vários dias chuvosos e períodos de sol escassos. No entanto, para fins de geração de energia solar, a irradiância solar do Rio Grande do Sul não se difere muito de outros pontos do Brasil, possuindo até algumas vantagens. Saiba tudo sobre o potencial de geração de energia do estado aqui!

Muitos clientes nos perguntam: “Aqui, no sul, não tem tanto sol… Será que meu sistema fotovoltaico gerará energia solar suficiente?”. Esse questionamento é natural, principalmente por que o RS é conhecido pelos invernos bem intensos, com vários dias chuvosos e períodos de sol escassos. No entanto, para fins de geração de energia solar, a irradiância solar do Rio Grande do Sul não se difere muito de outros pontos do Brasil — com a vantagem de termos uma temperatura média mais baixa, o que torna os módulos fotovoltaicos mais eficientes.

Para ratificar essa resposta, montamos este post especial. Nele, você tira essa e todas as suas demais dúvidas e conhece o grande potencial de geração de energia solar do nosso estado. Aproveite!

 

O que é irradiância solar?

A irradiância solar é a potência da radiação solar por unidade de área, medida em W/m². Como índice de potência, ela é mensurada de maneira instantânea. É importante entender essa grandeza, pois ela é usada como referência nos projetos de geração fotovoltaica.

A quantidade de irradiância solar que chega à Terra depende da distância entre o sol e o nosso planeta, e varia de acordo com o movimento de translação (deslocamento que o planeta faz ao redor do Sol). Essa irradiância tem valores de 1325 W/m² e 1420 W/m².

Na superfície terrestre, a irradiância muda durante o decorrer do dia. Pela parte da noite, ela é igual a zero, mas vai aumentando à medida que o sol se eleva no céu, até atingir o seu pico ao meio-dia solar. Na medida em que o sol se põe, ela vai diminuindo novamente. O gráfico abaixo ilustra a variação da irradiância solar durante o dia.

Qual a diferença entre irradiância solar e radiação solar?

Embora sejam conceitos muito próximos, irradiância solar e radiação solar apresentam algumas diferenças entre si. A radiação diz respeito à transmissão da energia pelo do espaço, dentro de uma determinada velocidade. Trata-se, portanto, de uma forma de emissão de calor, que se dá independentemente da existência de qualquer meio ou material de propagação.

A radiação provém de raios, e também pode ser definida como a propagação de partículas, campos elétricos e magnéticos pelo espaço. Essas partículas são formadas por massa, velocidade e carga. Ela emite energia radiante e apresenta-se na forma de ondas eletromagnéticas. No caso da radiação solar, estamos falando principalmente dos raios ultravioleta (UV).

Já a irradiância, que é a potência do espectro solar por área de superfície, também pode se relacionar a outro conceito, o de radiação solar, que é a exposição à radiação solar. A radiação solar também pode ser definida como o fluxo de energia do espectro solar por superfície (Kwh/m2).

É por isso que constantemente se fala na baixa irradiância solar no Rio Grande do Sul — quando, na verdade, o estado apenas não sofre grande exposição à radiação solar. Considerar esse fato como algo negativo para a utilização de geradores de energia solar é um engano.

 

Como a irradiância solar é medida?

Já foi dito que a irradiância solar é medida em W/m2. A radiação solar é absorvida ou espelhada na atmosfera e também pode ser refletida.

A radiação do tipo direta acontece principalmente em dias de céu limpo. A radiação difusa, por sua vez, é resultante do espelhamento (na atmosfera) da radiação refletida, chamada de albedo, que depende do índice de reflexão da superfície na qual as placas são instaladas.

Assim, a radiação solar que pode ser captada depende da irradiância solar, da área da superfície de captação, do tempo de exposição à irradiância solar e do ângulo da sua incidência.

Por isso, um painel deve sempre ser apontado para o Norte, em direção ao Equador, para que possa obter a maior radiação e gerar mais energia solar. Como se sabe, o sol incide seus raios diretamente no Equador, o que torna as regiões situadas nesse ponto como as de mais elevada temperatura do mundo.

Um sistema fotovoltaico conectado à rede pode gerar créditos energéticos e, por isso, deve captar o máximo de energia solar anualmente, focando sempre o sol mais elevado no céu, no período próximo ao Solstício de Verão. A inclinação ideal é um valor menor que a latitude da localidade, de preferência em torno de 5º inferior.

Por que a irradiância solar é menor no inverno?

Existem variações da radiação solar recebida pela superfície de acordo com o movimento de translação da Terra (o responsável pela definição das estações do ano). Ao longo do dia, a Terra também se movimenta em torno do seu eixo, variando a posição do sol em relação à superfície.

É claro que, se a exposição ao sol é maior, os painéis solares poderão trabalhar com mais eficiência. Por isso, em dias ensolarados, com céu limpo, a captação de energia solar tende a ser melhor.

Mas, nos dias nublados e chuvosos, especialmente no inverno, a irradiância solar diminui, o que dificulta a captação de energia pelos painéis solares. Assim, a energia solar no Rio Grande do Sul não parece promissora para quem pretende usar painéis solares.

Contudo, a tecnologia disponível atualmente permite captar a radiação solar mesmo durante o inverno, quando há baixa irradiância. Ainda que a produção seja mais reduzida, a média de captação é, geralmente, positiva para o usuário dos painéis solares.

Curiosamente, o frio também pode aumentar a eficiência dos painéis solares devido à diminuição da resistência. Considere que as bordas das nuvens podem agir como um espelho: elas refletem a luz e aumentam o ângulo de incidência, fazendo com que a luz alcance uma superfície maior do painel solar.

Isso nos mostra, portanto, que os estados que apresentam clima majoritariamente frio e nublado também podem ser muito bons para o investimento em captação de energia solar.

 

Qual o perfil de irradiância solar do Brasil?

No que se refere à exposição à radiação do sol, o Brasil é um país privilegiado. Ele é um dos países que apresentam os maiores índices de radiação solar durante o ano.

Os estados que compõem a Região Nordeste apresentam os mais altos valores de irradiação solar de todo o mundo (considerando a relação entre a maior, a média e a menor variabilidade).

A média anual nessa região fica entre 6,5 Kwh/m2 por dia (com destaque para o centro e o semiárido da Bahia e o centro-oeste de Minas Gerais). Conforme os dados do Atlas Brasileiro de Energia Solar, a média nacional está situada entre 4,5 Wh/m2 e 6,3 Wh/m2.

Esses números revelam um potencial muito rico de irradiação solar, que precisa ser mais bem aproveitado. Apenas nos últimos anos esse potencial passou a ser explorado com mais intensidade.

Para essa melhoria, contribuíram algumas leis, como a Resolução Normativa 687 de 2015 e a criação do Sistema de Compensação de Energia Elétrica, conforme a Resolução 482, de 2012, da ANEEL.

Entre outros benefícios, essas resoluções estimulam a aquisição e a instalação de painéis solares e de outros acessórios em micro e mini usinas fotovoltaicas de natureza residencial.

Com a irradiância solar disponível, é possível gerar energia solar no Rio Grande do Sul?

Com o intuito de ilustrar tudo o que falamos até aqui, utilizamos o software Radiasol para verificar a irradiação solar de 3 localidades do Brasil, em 3 diferentes latitudes: Rio Grande do Sul (mais especificamente Porto Alegre), Sergipe (Aracaju) e Rio de Janeiro (Rio de Janeiro).

O gráfico nos permite perceber que a irradiação solar no RS sofre uma diminuição no período do inverno, devido ao deslocamento do sol. Nas outras localidades, a irradiação não possui tanta queda. Na média, porém, a irradiação solar no RS é muito semelhante à do estado do Rio de Janeiro.

No Nordeste, a irradiação é superior, mas os valores não são tão diferentes assim. Para se ter uma ideia, a diferença é de apenas 12% de Aracaju para Porto Alegre.

Considerando que os painéis possuem uma perda de eficiência devido à temperatura, a diferença de rendimento de sistemas instalados no RS e no nordeste são ainda menores. Em Aracaju, por exemplo, devido à temperatura mais alta, temos uma perda de 3% na geração a mais do que em Porto Alegre.

Além disso, por termos um índice de chuvas maiores aqui na região Sul, temos com mais frequência a limpeza natural do sistema fotovoltaico, o que também diminui as perdas de geração.

Assim, considerando a média de produção geral de energia solar, a irradiação por localidade e as perdas por temperatura e por limpeza, temos uma diferença de geração de, no máximo, 8% em relação às áreas brasileiras com maior incidência solar.

Se compararmos ao Rio de Janeiro, nosso estado possui uma eficiência maior em todos os parâmetros de avaliação — ou seja, um sistema aqui no RS gera mais energia do que um no RJ. Esses dados demonstram o quanto a irradiação solar é importante no processo de geração fotovoltaica e o enorme potencial do RS para a geração distribuída solar.

 

Como é a irradiância solar com relação a outros países?

Os países que mais investem dinheiro e recursos em energia solar são a China e Alemanha. Na Alemanha, entre os anos de 2011 e 2012, aconteceu um significativo aumento na produção de energia elétrica por meio de placas fotovoltaicas (mais especificamente de 45%). Em 2012, os aproximadamente 1,3 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados gerou 28 milhões de Kwh, beneficiando 8 milhões de moradias.

No Brasil, temos potencial para ir ainda mais longe, já que a disponibilidade de radiação solar é 40% maior que na Alemanha, sendo equivalente às melhores radiações do planeta. Como vimos, a Região Nordeste é uma das maiores beneficiadas com a radiação solar. Por causa de sua localização geográfica, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com a menor disponibilidade de radiação solar anual do país.

Os valores mais baixos giram em torno de 8 MJ.m2.dia (MJ é uma unidade de medida que diz respeito ao Megajoule, que equivale a 1 milhão de Joule) no sul do Rio Grande do Sul. Porém, os valores máximos, no centro-oeste do estado, alcançam 24 MJ.m2.dia.

Apesar de exibir a menor disponibilidade de radiação solar do Brasil, o RS ainda apresenta uma disponibilidade mais alta que a Alemanha. Esse é um fato que pode ser comprovado analisando-se as latitudes do estado brasileiro e as do país europeu.

Você perceberá que a incidência dos raios solares inclinados, considerando o plano do Equador, é mais alta na Alemanha — dessa forma, a densidade do fluxo de irradiância solar global é menor que no Rio Grande do Sul.

Na verdade, a disponibilidade de radiação solar identificada na Alemanha é menor que a de muitas outras regiões do mundo. E mesmo assim, como vimos, a Alemanha é um dos países que mais investem recursos na energia solar.

Os resultados de um estudo sobre a energia solar no Rio Grande do Sul e na Alemanha apresentaram os seguintes dados:

  1. A irradiância solar global (ao ano) no topo da atmosfera na latitude de 30º ao sul (Rio Grande do Sul) é 22,83% mais alta que na latitude de 50º ao norte (Alemanha);
  2. Na latitude 30º ao sul, entre abril e setembro acontecem aproximadamente 15,6% e, no período entre outubro e março, 33,7% do total anual da irradiância solar global que atua no topo da atmosfera;
  3. Na latitude 50º ao norte, entre outubro e março acontecem 9,4% e, entre abril e setembro, 40,6% do total anual da irradiância solar global que incide sobre o topo da atmosfera.

Se quiser ter acesso a mais alguns dados sobre a irradiância solar no nosso estado, você pode assistir ao vídeo abaixo, no qual discuto sobre alguns resultados apresentados no primeiro Atlas Solar do RS.

O que queremos mostrar com esses números é que a utilização de energia solar é viável em qualquer local do Brasil, inclusive no Sul, que registra os climas mais frios do país.

Você ainda tem alguma dúvida sobre as possibilidades de aproveitar energia solar no Rio Grande do Sul? Entre em contato com a HCC Energia Solar e conheça melhor os nossos produtos e resultados. Temos soluções em energia solar exclusivas para residências, comércios, indústrias, agronegócios e, ainda, uma proposta diferenciada: armazenamento de energia em baterias.

E, para sanar as demais dúvidas que você possa ter a respeito da energia solar, na imagem abaixo você encontra um guia com as respostas para os 10 principais questionamentos que recebemos dos nossos clientes. Acesse e fique ainda mais por dentro dessa tecnologia!

Lembrando que, se você quiser aproveitar o potencial de geração de energia solar do estado para empreender nesse setor, nós disponibilizamos dois modelos de franquia para te auxiliar nisso!

Se reside na Região Nordeste, então, melhor ainda! Faça como os nossos franqueados de Juazeiro (BA), Fortaleza (CE) e Natal (RN) e aproveite a energia tão abundante e proveitosa que o sol nos oferece para incrementar a sua renda! É só entrar em contato conosco para saber mais.

Cadastre-se e

Comece a Economizar

Comece a
Economizar

Preencha seus dados e enviaremos a melhor proposta para você.​

Cadastre-se e

Comece a
Economizar

Comece a Economizar

Preencha seus dados e enviaremos a melhor proposta para você.​