Você já ouviu falar em fontes de energia renováveis? São aquelas que podem ser obtidas por meio de recursos existentes na natureza e com potencial de serem utilizadas por prazo indeterminado. Elas não causam danos à vida na Terra, uma vez que não há risco de esgotamento da sua fonte.
Com os problemas ambientais enfrentados atualmente pelo planeta, adotar as chamadas energias limpas é uma forma importante de diminuir o impacto que as energias não sustentáveis causam ao meio ambiente. Afinal, esse é o caminho para diminuir o consumo de fontes não renováveis, como o petróleo e o gás natural, e compensar as emissões de CO2.
Para saber mais a respeito dos 4 tipos de energia limpa e quais são os seus benefícios, continue a leitura deste post!
1. Energia eólica
A energia eólica é aquela produzida a partir da energia cinética do vento (proveniente das massas de ar em movimento) em conjunto com o aquecimento eletromagnético natural do sol. É dessa forma que as pás dos captadores são movimentadas.
Quais são os benefícios?
A principal vantagem do aproveitamento da energia dos ventos é que quase não são gerados resíduos. A emissão de CO2 é uma das mais baixas, fazendo com que a energia eólica seja considerada altamente limpa e de baixo impacto. Isso a torna uma boa opção para que o Brasil deixe de depender tanto das usinas hidrelétricas.
Afinal, nosso país está no ranking dos 10 países mais favoráveis ao consumo desse tipo de energia, em virtude do seu grande potencial eólico. Não existem custos para a obtenção dessa matéria-prima e as despesas de implantação do sistema são relativamente baixas, assim como os gastos com a manutenção.
Como essa energia chega ao consumidor?
A energia cinética conta com moinhos e cataventos para ser transformada em energia mecânica e com turbinas eólicas para ser convertida em energia elétrica. A chamada energia do vento é produzida quando são criadas variações de gradientes de pressão nas massas de ar, oriundas do seu aquecimento.
A partir do movimento de rotação das pás, a turbina eólica converte a energia cinética em mecânica. Na presença de um gerador, ela é convertida finalmente para energia elétrica.
2. Energia hídrica
Esse tipo de produção de energia se aproveita das barragens de grande ou média capacidade, usando o armazenamento criado por um reservatório de água dos rios. O Brasil ocupa a segunda posição no ranking de maior gerador de energia hidrelétrica do mundo, sendo vencido somente pela China e seguido imediatamente pelo Canadá.
Quais são os benefícios?
O processo de aproveitamento da energia hídrica é pouco poluidor e eficiente, desde que as construções das barragens sejam feitas em locais adequados. Assim, os danos ao ecossistema são amenizados, protegendo as nascentes dos rios, sem a emissão de gases e com baixos índices de poluição da água.
Como essa energia chega ao consumidor?
As hidrelétricas transformam a força concentrada das águas em energia hídrica por meio da rotação de turbinas e do auxílio de geradores. As centrais hídricas desviam parte do caudal dos rios, construindo açudes ou barragens. Essa água é devolvida ao rio em um local desnivelado, onde as turbinas são instaladas para que a eletricidade seja produzida e distribuída pela rede elétrica tradicional.
3. Biomassa
Identificamos como biomassa toda matéria orgânica que não seja fóssil. Nesse caso, para a produção de energia são utilizados subprodutos de origem vegetal como restos de madeira, bagaço de cana-de-açúcar, palha de arroz e óleos vegetais, além de esterco e resíduos urbanos orgânicos.
Quais são os benefícios?
Apesar de ser pouco utilizado no mundo, esse tipo de energia é considerado bem promissor e com boas perspectivas de crescimento. O investimento é positivo, sobretudo para as indústrias de cana-de-açúcar, que passam a aproveitar também o bagaço da cana. Porém, para que tudo saia conforme o esperado, é preciso que o cultivo da matéria-prima seja feito de forma sustentável.
Como essa energia chega ao consumidor?
Essa energia é correspondente aos biocombustíveis (etanol, biogás e biodiesel). Para gerar energia elétrica a partir da biomassa, é preciso transformar a matéria orgânica reunida em um produto que movimente o maquinário, gerando primeiramente energia mecânica. Em seguida, com auxílio de um gerador, essa energia é convertida finalmente em energia elétrica.
4. Energia solar
O grande destaque entre as fontes de energia renováveis é a energia solar. Esse tipo de energia renovável aproveita-se da emissão de raios solares sobre a Terra. Por isso, é considerada inesgotável e muito potente. A principal forma de utilização da energia solar é por meio da captação feita pelas placas fotovoltaicas.
Quais os tipos de energia solar?
Existem dois tipos de energia solar: a fotovoltaica e a heliotérmica (ou energia solar térmica concentrada).
A energia solar fotovoltaica
Trata-se da transformação direta da radiação do sol em energia elétrica por meio das células que formam as placas fotovoltaicas (módulos), que ficam expostas à luz solar.
É uma tecnologia usada em residências, empresas e indústrias por meio dos sistemas conectados à rede, que integram a geração distribuída de energia.
No sistema off-grid não há integração com a rede de fornecimento local. A energia produzida é armazenada em baterias, o que requer um maior capital de investimento.
A energia solar heliotérmica ou energia solar térmica concentrada
É uma tecnologia mais restrita, abrangendo somente o segmento de geração centralizada por causa das dimensões do projeto.
O sistema utiliza um grande número de espelhos coletores que refletem, de maneira concentrada, a radiação em um ponto determinado de uma torre central muito alta.
Dessa forma, são aquecidos materiais a elevada temperatura. Com a expansão ou vaporização deles, é possível mover turbinas que produzem eletricidade.
Quais são os benefícios?
A energia solar é considerada muito vantajosa e com grande potencial de crescimento no Brasil. É um tipo de energia renovável barata, já que é produzida gratuitamente pelo sol. E ainda que o custo de instalação das placas fotovoltaicas seja considerado alto, apresenta retorno em um curto período, sobretudo na redução das contas de energia elétrica.
Não é necessária uma grande estrutura para a colocação das placas. Logo, as áreas não precisam ser desapropriadas, uma vez que a instalação acontece em espaços ociosos, como os telhados das casas. E o melhor de tudo: a energia solar não polui o meio ambiente.
O nosso país é um dos territórios do mundo que recebe a maior intensidade da luminosidade solar. Por isso, temos muito potencial para explorar esse tipo de energia limpa, sobretudo em locais de difícil acesso ou remotos.
Existem projetos e programas de redução de impostos para os equipamentos e demais componentes de geração de energia solar, o que contribui para a viabilização desse tipo de energia no Brasil, tornando-a a mais promissora entre as fontes de energia renováveis.
Podemos resumir as vantagens da energia solar em:
- não é poluente;
- requer baixa manutenção nas centrais de produção;
- trata-se de uma fonte renovável e inesgotável de energia (sustentabilidade);
- os custos com placas fotovoltaicas tendem a cair progressivamente;
- as placas estão melhoradas, oferecendo mais eficiência;
- é uma fonte de energia que pode ser aproveitada em regiões remotas e de difícil acesso (como o alto sertão e as regiões montanhosas, por exemplo);
- é excelente em países tropicais, como o nosso, porque a intensidade solar é elevada o ano todo;
- pode ser empregada em áreas menos extensas.
Como é a energia solar no Brasil?
O Brasil foi a primeira nação do grupo dos subdesenvolvidos a produzir células fotovoltaicas. O território é vantajoso para a geração de eletricidade a partir da energia solar porque se localiza perto da linha do Equador.
Outro ponto a favor é que o silício, matéria-prima utilizada na fabricação das células, é abundante no país.
Hoje, o Brasil conta com, aproximadamente, 30 mil geradores de energia solar. Conforme a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), há 500 mil coletores solares em residências (sem contar estabelecimentos industriais e comerciais).
Já há também projetos de geração de energia heliotérmica, especialmente para o Nordeste. O SMILE é outro projeto cuja finalidade é construir usinas solares para produzir energia elétrica associada às operações da agroindústria.
Como essa energia chega ao consumidor?
A energia é captada com a ajuda dos painéis fotovoltaicos e armazenada sem qualquer tipo de impacto para o meio ambiente. A energia é convertida em eletricidade no momento de sua captação por meio do material semicondutor. O fluxo elétrico é proporcional à intensidade dos raios solares captados.
Devido ao armazenamento no momento da captação, a energia elétrica pode ser produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos.
Quais os custos de instalação e manutenção?
Em comparação com outras fontes de energia renováveis, os custos de instalação de energia solar no país ainda são altos — principalmente se comparamos com os combustíveis fósseis e a energia hidráulica. Os gastos giram em torno de 3,5 mil euros por quilowatt-pico (kWp).
Por outro lado, como já realçamos, a tendência é que esses custos caiam na medida em que mais pessoas adotem o sistema e ele se torne cada vez mais popular.
Quanto à manutenção, as despesas são relativamente baixas. Anualmente ou semestralmente, dependendo da região em que o sistema estiver instalado e de sua localização específica, é necessário fazer uma limpeza nos coletores, removendo sujeiras, folhas e detritos em geral, pois eles reduzem a eficiência de captação.
Pronto! Viu como as fontes de energia renováveis são uma ótima opção para preservar o meio ambiente? Além de não agredir a natureza, as energias limpas trazem outras vantagens ao homem. Afinal, elas promovem a criação de postos de emprego em regiões afastadas dos grandes centros e atraem investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O consumo de energia precisa ser mais consciente e sustentável!
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