Iniciamos com uma analogia a Netflix, que revolucionou o mercado de locação de filmes em meados de 2000, na plataforma os usuários pagam uma mensalidade e tem acesso a filmes e séries 24 horas por dia. A missão da Netflix é permitir que o acesso a filmes e seriados seja facilitado e com um simples cadastro na plataforma e desfrute de todo seus serviços.
O modelo de negócios onde o cliente quer o acesso e não a posse é uma tendência, principalmente nas novas gerações. Chama-se de economia compartilhada, um conceito que ganha força onde há compartilhamento de bens e serviços, visando a redistribuição e uso racional dos recursos, podemos citar vários negócios que nasceram com essa perspectiva e acabam crescendo por estarem realmente conectados com a sustentabilidade.
Num caminho semelhante temos o desenvolvimento tecnológico que vem acontecendo na área de energia, energia solar, geração distribuída, armazenamento, blockChain, Internet das coisas, smart grids entre outros, vem aproximando cada vez mais os modelos da nova economia com um sistema que até então era dominado pelos grandes monopólios e baseados fundamentalmente em geração de energia poluente ou com grande impacto ambiental.
O Brasil embora um pouco mais atrasado em relação a outras economias mundiais, vem introduzindo aos poucos o conceito de descentralização da energia, caminho controverso ao modelo de grandes usinas hidroelétricas e com grande necessidade de investimento para interligação.
Nesse contexto a geração distribuída, movida essencialmente pela energia solar fotovoltaica vem promovendo uma verdadeira revolução no atual modelo, trazendo junto com a tecnologia um poder sem igual para os pequenos produtores de energia, fazendo com que o consumidor seja protagonista e efetivamente livre para consumir energia de quem ele quer e por quanto ele está disposto a pagar.
Com os diferentes modelos de geração distribuída no Brasil temos a possibilidade de abrirmos uma nova fronteira na democratização da energia solar fotovoltaica, a energia por assinatura. O movimento consiste em: o cliente assina um pacote de energia por um determinado período e acaba ingressando num consórcio que aluga uma usina de energia solar de uma empresa e redistribui os créditos de energia a seus consorciados, o modelo é rápido, sem burocracias e demora em torno de 60 dias para que a concessionária apure a documentação e inicie a distribuição da energia para o assinante.
O Estado de Minas Gerais saiu na frente nesse modelo de negócio, rapidamente a abertura da isenção do ICMS para usinas compartilhadas permitiu o rápido crescimento desse negócio, nessa levada outros estados começam a flexibilizar as regras para que haja um crescimento desse modelo em outros lugares.
É importante ressaltar que o Projeto de Lei da Geração distribuída que está para ser votado no Senado pode tornar o ambiente regulatório mais claro e potencializar os investimentos de geração compartilhada com a energia solar em todo Brasil, nesse pensamento os projetos começam a se tornar atrativos e permitindo que clientes que hoje não conseguem gerar sua própria energia, seja por falta de recurso financeiro, ou espaço físico, possam aderir a um modelo por assinatura e ter o benefício de ter uma energia mais barata e sustentável.
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