Com a crescente demanda por energia limpa, a energia solar fotovoltaica tem se consolidado como uma das principais alternativas para a produção de eletricidade em todo o mundo. No entanto, um dos principais desafios para a expansão da energia solar é o custo dos módulos fotovoltaicos, que ainda representa uma parte significativa do investimento inicial em um sistema de energia solar.
Felizmente, nos últimos anos, temos visto um aumento na oferta de polissilício, um dos principais componentes dos módulos fotovoltaicos. Essa tendência deve contribuir para uma redução nos preços dos módulos fotovoltaicos em 2023, tornando a energia solar ainda mais acessível e atrativa para consumidores e empresas.
O polissilício é um material semicondutor utilizado na produção de células fotovoltaicas, que transformam a luz do sol em eletricidade. Ele é produzido a partir de silício de alta pureza, que é fundido e solidificado em blocos cristalinos. Esses blocos são então cortados em finas fatias, que são usadas para fabricar as células fotovoltaicas.
Nos últimos anos, a demanda por polissilício tem aumentado significativamente, resultado, os fabricantes de polissilício têm investido em novas capacidades de produção, o que deve levar a um aumento na oferta desse material nos próximos anos.
A Bloomberg New Energy Finance (BNEF) divulgou recentemente suas previsões para o mercado de energia solar fotovoltaica no mundo. Segundo a agência, o ano de 2022 deve terminar com a adição de 268 GW de capacidade solar, enquanto que em 2023 a previsão é de que sejam instalados 316 GW de potência.
Além disso, a BNEF apontou que a redução de preços do polissilício pode ter um grande impacto nos preços dos módulos fotovoltaicos. Segundo estimativas de Ellis, da BNEF, o polissilício mais barato pode levar os preços dos módulos para o patamar de US$ 0,21-0,22/Watt no próximo ano, fora dos mercados com barreiras comerciais.
Essa redução de preços pode ser um grande incentivo para a adoção da energia solar em todo o mundo, uma vez que os custos dos equipamentos são um dos principais entraves para a expansão da energia solar em muitos países. Vale lembrar, no entanto, que a redução de preços do polissilício pode ser influenciada por diversos fatores, como a oferta e a demanda do mercado, além de questões geopolíticas e econômicas.
De qualquer forma, as previsões da BNEF para o mercado solar em 2022 e 2023 mostram que a energia solar continua em expansão em todo o mundo e que novas tecnologias e reduções de custos podem contribuir para a popularização da fonte renovável.
