11 fake news sobre energia solar

A revolução digital e a popularização da internet permitiram que a informação seja propagada para muitas pessoas ao mesmo tempo. Contudo, essa facilidade vem com alguns aspectos negativos. Como não é possível controlar a fonte e certificar a veracidade das matérias que circulam na internet, a propagação das fake news tem criado muita desinformação.

Quando as notícias ficavam restritas aos jornais e revistas, era mais fácil confirmar sua autenticidade. Hoje em dia, qualquer pessoa pode criar uma matéria e divulgar até que ela seja tomada como verdade, ainda que não apresente nenhum dado real ou fundamento.

Isso acontece em todas as áreas e, é claro, o setor de energia solar não ficaria de fora! Por ser uma tecnologia que vem ganhando força nos últimos tempos, as pessoas têm sentido maior interesse em buscar informações precisas sobre sua implementação.

No entanto, as fake news podem comprometer a aceitação desse recurso tão interessante, da mesma forma que também podem induzir o consumidor a erro. Assim, para evitar que você caia nessa armadilha, criamos este conteúdo especial com 11 fake news sobre energia solar que andam circulando pela internet. Confira!

1. Energia solar significa a mesma coisa que aquecimento solar

Essa é uma das fake news mais antigas quando o assunto é energia solar. Afinal, por ser uma tecnologia relativamente recente e ter como base a radiação emitida pelo sol, é comum que as pessoas façam certa confusão.

Entretanto, aquecimento solar e energia fotovoltaica são coisas completamente diferentes. O uso da energia do sol para aquecer não é novo. No entanto, apenas na década de 70 os pesquisadores começaram a investir em formas de coletar essa energia e transformá-la em uma fonte de eletricidade.

Assim, basicamente, o aquecimento solar tem a função de transferir calor. A energia solar transformada em eletricidade é usada para esquentar a água de chuveiros, piscinas e torneiras, entre outros casos.

Já a energia fotovoltaica se refere à conversão da força luminosa em eletricidade, a partir do uso de dispositivos popularmente conhecidos como placas fotovoltaicas. Ou seja, aquecimento e energia solar são conceitos que não se confundem.

O primeiro trata apenas de troca de calor, enquanto o segundo possibilita a conversão da radiação solar em eletricidade, que pode ser usada normalmente na iluminação e no uso de eletrodomésticos.

2. Os painéis solares não funcionam quando está nublado ou com tempo frio

Esse é outro mito bastante comum. Afinal, é normal associar energia solar a um dia de céu azul e temperaturas elevadas. Entretanto, ao contrário do que muita gente pensa, os módulos fotovoltaicos não precisam de um dia ensolarado para funcionar.

Eles também são eficientes em locais mais frios e em épocas em que o tempo fica predominantemente nublado ou chuvoso. Isso acontece por algumas razões.

É claro que nos dias chuvosos e nublados, a captação da energia luminosa pode ser um pouco menor do que em épocas de céu limpo. Afinal, os painéis precisam de uma incidência direta da luz do sol.

Nesse aspecto, o posicionamento das placas precisa ser bem planejado por um profissional, considerando a angulação do sol em relação à Terra naquela área, de modo a captar o máximo de luz possível.

Mesmo assim, o fato de a captação diminuir em dias nebulosos não quer dizer que ela será interrompida. Embora ela diminua um pouco, essas alterações climáticas são benéficas, já que a chuva contribui para a limpeza dos módulos e os dias mais frios permitem que sua vida útil aumente.

É importante destacar, ainda, que existem painéis solares projetados especificamente para regiões com menor incidência de energia solar, como países mais frios e chuvosos. Eles são eficientes, mesmo com a radiação difusa, e têm um aproveitamento regular, sendo menos afetados pelas alterações climáticas.

3. O custo de instalação de um sistema fotovoltaico é tão alto que a economia não compensa

Muita gente tem receio, até mesmo, de solicitar um orçamento para um sistema de energia fotovoltaica, por acreditar que o alto custo de implantação não compensaria o investimento. Isso é uma tremenda fake news.

De fato, alguns anos atrás, a instalação ainda era muito cara e complexa, tendo em vista que existiam poucas empresas especializadas no setor, e a tecnologia utilizada ainda era muito recente. Hoje em dia, isso não é mais uma realidade.

Com a popularização dessa fonte de energia e o aumento da concorrência, é possível encontrar empresas que realizam o projeto com qualidade e um preço competitivo. Vale ressaltar: para saber se vai valer a pena para você, é só considerar o contraste entre as vantagens e desvantagens.

Embora exista um custo na implementação do projeto, desde o primeiro dia de funcionamento, você já consegue perceber um retorno financeiro por meio da economia na conta de luz.

Desse modo, como o sistema tem uma vida útil de aproximadamente 25 anos e exige pouca manutenção, o dinheiro gasto com a implantação será devolvido em pouco tempo. Depois disso, ficará apenas com a redução de, em média, 95% na conta de luz. Ou seja, é um investimento seguro e certo.

4. A instalação só vale a pena se o local consumir muita energia

Outra mentira muito difundida é que só vale a pena instalar um sistema fotovoltaico se o imóvel utilizar muita energia. Isso é mentira. A verdade é que, além das indústrias e empresas, como supermercados e hospitais, a energia solar é muito interessante em residências e organizações menores.

É sabido que as fontes convencionais de energia elétrica já estão saturadas. Elas dependem de um elevado nível de chuvas e são limitadas, se considerarmos a expansão das cidades. Por outro lado, o Brasil é um país com grande incidência de radiação solar. Mais que isso: consiste em uma fonte renovável e que não agride o meio ambiente.

Por isso, não faz sentido deixar de aproveitar uma forma de fornecimento ilimitada, saudável para a natureza e muito mais barata, ainda que seja para uso doméstico. A instalação de um sistema pode gerar uma economia de mais de 90% na sua conta de luz, e você não precisaria mais se preocupar com variações decorrentes de períodos de estiagem ou com o tempo em que vai poder ficar com o chuveiro ligado, por exemplo.

As placas fotovoltaicas ainda podem ser consideradas investimento. Caso seja realizada uma conexão com a distribuidora, você consegue fazer a compensação. Nessas hipóteses, se sua produção de energia for maior do que o consumo, sua unidade consegue acumular créditos que podem ser usados nas épocas em que for menor, dentro de um prazo de até 60 meses.

5. A implementação de um projeto demanda obas e reformas

Nós sabemos o quanto obras e reformas podem ser desgastantes e onerosas. Por isso, ao pensar que pode ser necessário passar por isso para implementar um projeto de energia solar, muita gente fica com receio e acaba desistindo.

Contudo, essa é outra das inúmeras fake news relacionadas à energia solar. Na maioria das vezes, a instalação do sistema consiste apenas na fixação das placas e da central de distribuição no telhado do imóvel.

Ela pode ser realizada sobre telhas metálicas, de fibra e até de cerâmica. O mais importante é estudar o local para que o posicionamento das placas consiga captar o máximo possível de energia. Por isso, o projeto deve ser feito por profissionais especializados.

Outro ponto importante é que, caso haja necessidade, o sistema pode ser trocado de lugar. Ou seja, se você decidir mudar de casa, pode levar os módulos e instalar no novo local. Eles são bem resistentes e chegam a durar mais de 20 anos.

Como é possível perceber, os sistemas permitem uma grande versatilidade na instalação, com tamanhos e métodos variados, de modo a se adaptar em todos os terrenos possíveis. Por isso, na grande maioria dos casos, você não precisa se preocupar em fazer uma reforma para receber as placas.

6. Os painéis solares podem causar danos ao telhado

Essa é outra preocupação que não encontra nenhum tipo de fundamento. Algumas pessoas pensam que a instalação dos painéis pode desvalorizar o imóvel, danificar o telhado ou ficar esteticamente desagradável aos olhos.

Nada disso é verdade. Hoje em dia, a tecnologia para instalação dos módulos evoluiu bastante e existem inúmeros métodos para realizar a implementação, de forma que ela se integre organicamente à construção. Com isso, o resultado costuma ser funcional e bonito.

É interessante destacar, ainda, que a instalação dos sistemas valoriza bastante os imóveis, especialmente, quando já é concebida desde o projeto inicial. Todos estão em busca de economia e de formas sustentáveis de aproveitar os recursos naturais, de modo que uma usina doméstica pode valorizar muito sua residência.

Quanto ao suposto dano causado pelos módulos, a verdade é exatamente oposta. Quando o telhado fica exposto diretamente ao sol é normal que fique ressecado, e podem aparecer fissuras com o passar do tempo. Como os painéis solares cobrem o telhado e absorvem essa radiação, acabam protegendo a superfície dos danos.

A camada protetora formada pelas placas ainda evita danos causados por chuvas de granizo e outras intempéries, aumentando a vida útil do seu telhado.

7. É necessário pagar a instalação à vista

Dependendo do tamanho da sua instalação, o investimento pode ser oneroso. Contudo, você não precisa dispor desse dinheiro à vista. O Brasil conta com inúmeras linhas de financiamento com foco na implementação dos sistemas solares, com taxas atrativas e um longo prazo para pagamento.

Instituições bancárias, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, oferecem prazos de pagamento que chegam a 69 meses. Uma das estratégias mais comuns para o financiamento é comparar o custo da parcela ao valor economizado na conta de luz.

A partir dessa análise, você consegue pagar a parcela da instalação com o dinheiro economizado na conta de luz, e não onera em nada seu orçamento. Confira um exemplo: vamos partir do princípio que seu dispêndio gire em torno de 748 kWh de energia em um mês, e a tarifa aplicada custe, em média, R$0,92/kWh.

Nesse caso, sua conta de luz custará em torno de R$688,00 por mês. Dessa maneira, podemos considerar que o ideal seria buscar a geração de 648 kWh/mês por meio do sistema, obtendo uma economia de aproximadamente R$596,00 na conta.

A partir daí, é fácil pensar que esse deve ser o valor da parcela do seu financiamento. Para isso, citando uma proposta simples, vamos pensar em um financiamento de 40% de um sistema fotovoltaico, em um prazo de 30 meses, com taxa de juros de aproximadamente 1,3% ao mês.

Nesse caso, financiando um valor médio de R$15.300,00 o custo da parcela será de R$596,00. Interessante, não é verdade?

Outra opção que ajudou muitas pessoas a realizarem seu objetivo é o financiamento sem entrada. Essa alternativa é a ideal para quem não quer dispor de nenhuma verba logo de início, e não se importa em pagar uma parcela um pouco maior ou por mais tempo.

Para essa modalidade, você vai pagar o que gastaria em uma conta de luz normal e, depois de aproximadamente 60 dias, não terá mais nenhuma despesa.

8. A instalação do sistema fotovoltaico vai me tornar independente da rede de energia

Isso não é totalmente uma notícia falsa. O fato é que o uso da energia solar demanda algumas considerações e estudos e, por isso, deve ser desenvolvido por uma empresa especializada, com a utilização de produtos de qualidade e por profissionais como engenheiros eletricistas, técnicos em segurança e técnicos em execução.

É necessário entender a demanda de cada cliente para que seja possível recomendar o melhor sistema, seja ele on grid, seja off grid. Atualmente, a grande maioria dos sistemas instalados são on grid, ou “na rede”, mas também podem ser off grid. Entenda melhor, a seguir.

Sistema on grid

O sistema on grid, também conhecido como “na rede”, é uma modalidade em que ele funciona conectado à rede de distribuição de energia da sua cidade ou região. A energia solar é captada pelos painéis e gera uma corrente contínua.

Com base em um dispositivo conhecido como inversor, essa corrente é transformada na energia elétrica comumente utilizada. Esse processo acontece continuamente e exibe grande capacidade de geração de energia. Por isso, a geração acaba sendo maior do que o consumo.

Esse excedente vai para a rede de distribuição das concessionárias de energia e se transforma em créditos, que podem ser usados para abater na sua conta de luz e reduzir seu custo. Ou seja, o sistema on grid produz a energia, converte e faz a distribuição entre a rede e a carga.

Sistema off grid

Por outro lado, o sistema off grid, ou “fora da rede” funciona de forma autônoma, sem precisar estar ligado à rede de distribuição. Ele traz baterias responsáveis por armazenar a energia excedente, e a liberam quando a produção não for suficiente.

O funcionamento, em geral, é bem parecido. A diferença está no armazenamento da energia que foi produzida a mais.

Se você está se perguntando qual das suas opções é a melhor, não existe uma resposta certa. Tudo vai depender das necessidades dos clientes. Enquanto um é totalmente autônomo, o outro está conectado à rede elétrica. Portanto, apenas um profissional especializado poderá fazer uma avaliação para indicar qual é a escolha ideal para o seu caso.

9. Somente o consumo é levado em conta ao dimensionar um sistema

Isso não é verdade. É claro que o consumo é um dos pontos mais importantes e pode ser considerado o primeiro passo. No entanto, além disso, há muitos outros fatores a serem observados. Confira alguns deles, a seguir.

Incidência solar

A incidência da radiação solar na região é essencial para nortear a escolha do melhor sistema de energia fotovoltaica. Ela é usada para identificar a potência, a quantidade de placas e suas características e posicionamento.

Índice de sombreamento

Ao serem instaladas, as placas devem receber energia em toda a sua superfície. Se a região criar muitas sombras, como recortes do telhado ou a presença de árvores, pode haver um comprometimento da captação. A quantidade de sombras na área é chamada de índice de sombreamento.

Clima

O clima da região também deve ser considerado na hora de montar um projeto. Locais com alta incidência de chuvas, ou que ficam com o tempo fechado durante um período muito prolongado, precisam de placas especiais, que possibilitem uma maior eficiência da captação da radiação difusa.

10. Os painéis de energia solar são todos iguais

Atualmente, você consegue encontrar inúmeras empresas vendendo sistemas fotovoltaicos. Por isso, é muito importante ter em mente que não basta fechar negócio com quem oferecer o orçamento mais amigável.

Quando se trata de energia solar, não é “tudo a mesma coisa”. Todo o projeto precisa ser personalizado e dimensionado de acordo com as suas necessidades, e isso inclui desde a escolha das placas até a forma de instalação. Afinal, existem muitas diferenças entre elas.

Basicamente, um sistema fotovoltaico é formado por painéis solares, estruturas de suporte, um inversor e cabos conectores. Dentre todos esses elementos, as placas ou módulos são os mais conhecidos, e existem muitas diferenças entre os tipos de painéis. Confira.

Monocristalino

São compostos por placas cortadas de um cristal único e puro de silício. São emolduradas e cobertas por uma lâmina de vidro, sendo dispostas em linhas, formando um triângulo. Embora sejam mais caras, apresentam uma maior eficiência e desempenho.

Policristalino

Essas placas são compostas de pequenos fragmentos de cristais de silício fundidos em um molde. Assim como as anteriores, são cobertas por uma lâmina de vidro e emolduradas. Costumam ser mais econômicas, mas têm desempenho e eficiência igualmente menores.

Filme fino

Esses modelos podem ser feitos de variados materiais, sendo o telureto de cádmio o mais empregado. Além desse, também são produzidas com silício amorfo, seleneto de cobre, lítio ou gálio, elementos que são colocados entre as camadas de vidro, plástico ou alumínio.

Essas placas são flexíveis, leves e fáceis de transportar. Por outro lado, oferecem um desempenho e uma eficiência menores.

A escolha dos modelos é feita de acordo com a demanda do consumidor. Quem tem um espaço maior no telhado e consegue instalar uma grande quantidade de placas pode optar pelos modelos de policristalino, mais baratos e, no entanto, menos eficientes. Por outro lado, se o espaço for reduzido, o ideal é investir naqueles modelos com a máxima eficiência.

O tipo de telhado também afeta a espessura da película. Se ele for frágil, pode não suportar o peso de um equipamento mais pesado, e precisará de modelos mais leves.

11. Investir em energia solar não traz tantos benefícios

Depois de desmistificar algumas das maiores fake news sobre energia solar, é importante destacar que ela traz inúmeros benefícios. Veja mais curiosidades sobre o tema.

A energia solar é um recurso abundante no Brasil

O Brasil é um país tropical e ensolarado durante a maior parte do ano. Por isso, ao contrário dos combustíveis fósseis e de fontes de energia que geram grande impacto ao meio ambiente, o sol é limpo, barato e abundante. Por isso, os investimentos no setor só tendem a crescer.

A instalação dos painéis valoriza o imóvel

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a instalação dos painéis garante uma valorização do imóvel na hora da venda, já que possibilita uma economia expressiva na conta de luz.

Você pode ter um sistema fotovoltaico em um local ermo

Locais que não têm acesso à rede elétrica tradicional podem se beneficiar bastante com a instalação de uma usina fotovoltaica. Fazendas e sítios, por exemplo, apresentam um espaço maior e podem sustentar a si próprios, bem como as propriedades vizinhas.

Nesse caso, é adotado o modelo off grid, que não é conectado à rede das concessionárias, e a energia excedente fica guardada em baterias. É possível, até mesmo, unir os vizinhos e montar um sistema maior para atender a todos.

Como é possível perceber, a energia solar no Brasil é um mercado enorme e que tende a crescer expressivamente nos próximos anos. Embora ainda não seja tão barato para implementar o sistema, trata-se de um investimento seguro e rápido, podendo ser financiado de inúmeras formas. Basta escolher uma empresa especializada e com boa credibilidade entre os clientes para encomendar um projeto personalizado para suas necessidades.

Você já conhecia a verdade por trás dessas fake news? Quer saber mais sobre o tema? Continue com a gente e veja também como usar e obter lucros com a energia solar na agricultura!

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