Aconteceu nos dias 18, 19 e 20 de outubro da Intersolar 2021, o maior evento da energia solar da América Latina…e quem sabe um dos maiores do mundo, já que segundo informações dos organizadores o público foi superior a 25 mil visitantes, superando até mesmo os números da Intersolar Europa.
A minha percepção é que a feira estava menor em relação a de 2019, principalmente por que expositores de fora praticamente não compareceram devido as restrições da pandemia. O destaque mesmo da edição foi a presença do público que superou a de 2019.
No papel de expositor não consegui acompanhar de perto as inovações em produtos e isso até foi bom… fato que comprova o sucesso da nossa proposta do modelo de negócios, as franquias de energia solar já são realidade no mercado de energia solar brasileiro. Recebemos mais de 600 visitantes e muitos desses interessados em entrar na nossa rede.
O congresso também foi ponto alto, tivemos a ilustre participação da nossa colega Giovana Bortoluzzi que apresentou o case HCC sobre autoprodução local com a instalação de uma usina fotovoltaica Rooftop em um consumidor livre de energia. A proposta também revelou dados financeiros de viabilidade da execução de projetos nesse formato, no dia a dia percebemos a importância desse tipo de solução haja visto que os custos no Mercado Livre também estão imprevisíveis e temos uma oportunidade única de fazer eficiência energética através da energia solar.
Uma percepção geral também é a grande quantidade de distribuidores presentes. Segundo pesquisas recentes esse número já ultrapassou uma centena no Brasil, trazendo consigo novas marcas de equipamentos e aumentando a competitividade interna.
O espaço para armazenamento e mobilidade elétrica estava mais presente nessa Intersolar, principalmente comparada ao evento de 2019, mostrando que temos oportunidades fantásticas logo ali na frente, já que tais movimentos começam a acelerar no mercado norte americano e também europeu. Estudos do nosso time de engenharia já encontram viabilidade em projetos com armazenamento principalmente explorando as tarifas caras no horário de ponta em algumas localidades do Brasil. Em outra via os veículos elétricos e híbridos ganham força num mercado onde o preço dos combustíveis está em patamar jamais visto.
Mas infelizmente o assunto que mais repercutiu na feira refere-se a escassez de módulos fotovoltaicos e outros componentes da cadeia de valor, que acarretaram numa inflação jamais sentida no mercado solar. Essa bomba explode justamente no momento de maior força do mercado fotovoltaico onde a economia começa a pulsar novamente e os valores da energia elétrica estão nas alturas. Sem dúvida o impacto dessa elevação vai corrigir a expectativa de crescimento do mercado esse ano e no primeiro semestre de 2022.
Mesmo diante dessa adversidade o mercado deve manter ritmo de crescimento, principalmente nos meses que antecedem a mudança do sistema de compensação provocados pela potencial aprovação do Projeto de Lei 5829/19. Alias aqui reside um questionamento. Com a redução do crescimento do mercado devido a hiperinflação, por que não aumentamos o período de vacância da transição da nova lei? Isso de fato poderia trazer uma luz maior para a implantação de novos projetos e continuar fomentando o mercado e apoiando o setor elétrico com um crescimento prolongado da oferta de energia através da geração distribuída. Fica a sugestão para reflexão de nossos representantes do setor e senadores.
Em resumo a feira foi fantástica tanto para a HCC Energia Solar como para o mercado em geral. Podemos perceber na prática o quanto temos de oportunidades e também o quanto os empreendedores solares estão fazendo a diferença, buscando conhecimento, inovações e soluções para tornar o ambiente ainda mais profissional e acelerado.