Entenda o que é responsabilidade social e como aplicá-la ao negócio

Atualmente, as empresas estão se preocupando mais com o conceito de responsabilidade social. Diante das duras penalidades sofridas por indústrias que poluíram o oceano e das ações de organizações que defendem o meio ambiente, bem como das lutas em prol da defesa do trabalhador, é inevitável que toda empresa se sinta no dever de adotar novas práticas e mudar seu comportamento.

Não apenas os gestores, mas também os investidores se preocupam com assuntos de interesse público. A população consumidora fica atenta às organizações que mostram interesse por esses assuntos, considerando essa preocupação um diferencial significativo para a reputação delas. Entenda o que é responsabilidade social e como você pode aplicá-la ao seu negócio!

 

O que é responsabilidade social

A responsabilidade social acontece quando as empresas, voluntariamente, adotam posturas e promovem ações cuja finalidade é o bem-estar dos clientes internos (funcionários, acionistas, etc.) e externos (consumidores).

É diferente de uma ação tomada compulsoriamente, por força da lei. Nesses casos, elas são obrigadas a agir de determinada forma sob pena de serem penalizadas, principalmente por meio de multas.

A empresa responsável socialmente assume, espontaneamente, a tarefa de proporcionar benefícios ao público interno e aos agentes externos, como os consumidores, a comunidade, o meio ambiente, os parceiros e assim por diante.

Com o tempo, o conceito passou por variações. Algumas variantes do conceito envolvem a Responsabilidade Social:

  • Corporativa — RSC;
  • Empresarial — RSE;
  • Ambiental — RSA.

A RSC, conforme literatura especializada, é aplicada especialmente nas grandes organizações. Envolve preocupações com os funcionários ou o ambiente de negócios.

A RSE abrange um campo mais amplo, preocupando-se com a qualidade de vida de todos os usuários do espaço interno da empresa. Preocupa-se ainda com os efeitos negativos que as suas atividades podem causar na comunidade e no meio ambiente.

A RSA é ainda mais dinâmica, envolvendo o compromisso com os valores humanos, mas também com o meio ambiente.

 

A adoção de práticas para a redução de desperdícios

É fundamental reduzir desperdícios, já que geram mais lixo e aumentam as possibilidades de poluir o meio ambiente, além de representar mais gastos para a empresa. É preciso lembrar que muitos recursos são esgotáveis e seu consumo excessivo poderá criar problemas sociais e ambientais em um futuro distante ou bem próximo.

Não se deve desperdiçar luz, nem água, nem papel, nem gás. Tudo deve ser consumido na medida ideal, somente o estritamente necessário para manter o ciclo de produção e vendas. Não convém manter aparelhos elétricos ligados quando não estão trabalhando, nem usar mais água do que a quantidade necessária para efetuar determinada atividade.

Não se deve desperdiçar matéria prima, nem manter estoques muito cheios, já que, assim, as chances de perdas se multiplicam: muitos itens podem sofrer danos ou perder sua vida útil ou validade se não foram comercializados dentro do prazo.

O Just In Time é uma técnica que procura exatamente reduzir ao máximo os desperdícios ou mesmo eliminá-los, baseando-se nos seguintes princípios: somente o necessário, no momento certo e na quantidade certa. Dessa maneira, evitam-se perdas de materiais e dinheiro.

A aplicação de opções menos danosas

Hoje em dia, existem muitas opções menos danosas que podem ser aplicadas pelas empresas que desejam assumir a responsabilidade social. O papel, por exemplo, pode ser substituído por arquivos digitais, que não ocupam espaço físico e, quando desnecessários, podem ser deletados, liberando mais espaço no disco rígido.

Em relação à energia elétrica, existem as lâmpadas de LED, mais econômicas. Outra solução é adotar um sistema de geração de energia solar. As placas fotovoltaicas convertem a radiação do sol em energia elétrica, que pode ser distribuída para toda a empresa.

A demanda pelos sistemas fotovoltaicos cresce a cada dia por causa das vantagens que oferecem, como redução dos valores das contas de luz, durabilidade elevada do produto (média de 25 anos), baixa manutenção e retorno do investimento em médio ou mesmo curto prazo. Se a empresa consome muita energia elétrica, em pouco tempo será possível notar a economia proporcionada pelo sistema.

O sol é uma fonte de energia limpa e inesgotável, por isso ele é uma excelente opção sustentável.

Outra opção é a utilização de xícaras, copos e canecas retornáveis. Isso contribui para reduzir a utilização de copos plásticos descartáveis, que, muitas vezes, não têm o destino correto e acabam poluindo o meio ambiente. Uma alternativa interessante é presentear os colaboradores com copos personalizados, o que, além de contribuir com o planeta, fortalece o vínculo entre a empresa e seus funcionários. Esse é um exemplo de ação tomado pela HCC.

 

A realização de treinamentos e capacitações para os funcionários

Faz parte da responsabilidade social de uma empresa oferecer treinamentos e capacitações para seus colaboradores, de modo que eles também se engajem no trabalho economicamente sustentável. Eles precisam aprender a importância de reduzir desperdícios, de fazer uso moderado dos recursos naturais e de priorizar soluções que impactem o mínimo possível o meio ambiente.

Além disso, eles devem ser capacitados para lidar com as máquinas com prudência, para evitar acidentes. O uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) devem ser disponibilizados e seu uso deve ser fiscalizado.

Com os treinamentos oferecidos, o gestor deve conceder aos trabalhadores mais autonomia, mostrando que confia neles e que sua expectativa é que trabalhem conforme as normas de segurança e os princípios da sustentabilidade.

 

A mudança na estrutura de produção

Mudar a estrutura de produção geralmente implica em gastos iniciais mais altos, mas a empresa lucrará com a economia de recursos e a reutilização de alguns materiais que seriam descartados.

Um bom projeto de arquitetura procura aproveitar ao máximo a ventilação e a iluminação natural, de modo que seja possível alcançar o conforto térmico sem a necessidade de usar, com frequência, recursos artificiais, como ar-condicionado, ventilador, lâmpadas elétricas e assim por diante.

Caso a edificação esteja pronta, talvez seja possível efetivar alguns ajustes de maneira que se obtenham esses resultados. Podem-se abrir as janelas para aproveitar a luz e a iluminação naturais. Também é possível instalar uma claraboia no teto.

Optar por matérias primas menos poluentes também é uma alternativa, principalmente se a empresa trabalha com muitos produtos tóxicos.

 

A importância da responsabilidade social para a empresa

A empresa tem que acompanhar as transformações se deseja manter-se competitiva e sobreviver no mercado. Quando as empresas revelam interesse no bem-estar coletivo e na proteção ambiental, os consumidores sentem-se mais confiantes para comprar e tornar-se clientes.

O público consumidor está mais consciente e observa muitos aspectos antes de realizar compras em uma empresa e divulgá-la aos seus familiares e amigos.

Atuando com responsabilidade social, o gestor tem mais facilidade de captar profissionais talentosos, já que eles também se sentirão mais seguros trabalhando em um local onde seu bem-estar é garantido e seus direitos são respeitados.

Todos esses fatores tornam a empresa ainda mais competitiva, mesmo diante de um mercado concorrido e das crises econômicas.

As ações de responsabilidade social devem ser planejadas criteriosamente. Muitas outras possibilidades, além das descritas no texto, devem ser consideradas e postas em prática caso sejam viáveis para o negócio.

Sua empresa está aplicando algumas das práticas citadas neste artigo? Já conta com um sistema de energia solar ou outra solução mais econômica? Já digitaliza seus documentos? Interaja com nossa empresa e aumente seu networking! Siga a gente no Facebook, no LinkedIn, no Instagram e no Youtube!

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