Energia solar em São Paulo: como funciona e como obter

A energia solar é uma solução sustentável que vem sendo adotada em todo o mundo a fim de minimizar impactos negativos sobre o meio ambiente e reduzir contas com energia elétrica. No Brasil, muitas pessoas estão se conscientizando das vantagens do uso do sistema fotovoltaico.

Por meio de incentivos fiscais, os governos estimulam os consumidores a fazer uso da energia solar. Em São Paulo, a situação é promissora. Leia e confira como funciona e como obter o sistema!

Isenção de ICMS para produtores de energia solar em São Paulo

O governo de São Paulo divulgou mudanças no regulamento de ICMS de serviços associados à bioenergia. O Diário Oficial do Estado publicou o decreto no dia 22 de novembro de 2022.

A partir de então, ficam isentos de ICMS os microgeradores e os minigeradores de energia elétrica. Esse benefício também é válido para operações internas com biometano e biogás, sempre que o gás natural for consumido durante a industrialização em usina que produz energia elétrica.

Nessa situação, o imposto é realizado quando se dá a saída de energia do local de industrialização, possibilitando maior período para que as empresas produtoras se organizem financeiramente. A finalidade é estimular a utilização de combustíveis renováveis, melhorando a competitividade no mercado estadual.

Essa iniciativa vai, ainda, ao encontro dos objetivos da Race to Zero e da Race to Resilience, que São Paulo assinou com a Organização das Nações Unidas (ONU), e ao Plano de Ação Climática (PAC – 2050). O PAC foi lançado durante a Conferência do Clima da ONU (COP27), realizada no Egito.

O governador Rodrigo Garcia, de São Paulo, e a ABSOLAR

Acordo de cooperação com a Absolar

Nesse mesmo mês, ou seja, em novembro, o governo assinou o acordo de cooperação com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), com o objetivo de aproveitar melhor a energia solar, adquirir energia no Mercado Livre e implementar usinas solares, além de remunerar e compensar créditos de energia nas edificações públicas.

Por meio desse acordo, o objetivo é engajar as empresas, o governo, os investidores, os acadêmicos e as lideranças da sociedade civil com o objetivo de acabar definitivamente com a emissão de GEEs (Gases de Efeito Estufa) em diferentes âmbitos, até 2050.

O acordo planeja o desenvolvimento de programas, planos, projetos e iniciativas para implementar energia fotovoltaica e tecnologias sinérgicas (usinas híbridas, produção/armazenamento de hidrogênio, armazenamento de energia elétrica e assim por diante).

Dados sobre energia solar em São Paulo

Conforme a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), São Paulo se transformou, no dia 06 de dezembro de 2022, no segundo estado do país a alcançar os 2 gigawatts de potência instalada em energia fotovoltaica em geração distribuída. Fica atrás apenas de Minas Gerais, que alcançou o primeiro lugar no mês de agosto de 2022, contando agora com 2,2 gigawatts.

No total, as cidades paulistanas contam com mais de 231,8 mil sistemas de energia solar on-grid. Aproximadamente 86% do total (199,4 mil sistemas foram instalados em imóveis residenciais, e 20,3 mil deles (cerca de 8,7%) foram implantados em imóveis comerciais.

A capital paulista, como era de se esperar, é a cidade que ocupa a primeira posição em potência: são 60,9 megawatts instalados. Em seguida, estão os municípios de:

  • Ribeirão Preto, com 57,2 MW instalados;
  • Campinas, com 54,5 MW instalados;
  • São José do Rio Preto, com 48,6 MW instalados;
  • Presidente Prudente, com 48,2 MW instalados.

Cinema sustentável em São Paulo

Outra considerável iniciativa do estado foi a inauguração do cinema com tecnologia de recursos sustentáveis. O Cine A dispõe de uma unidade com usina fotovoltaica para produção de energia solar e manutenção do complexo de cinco salas para exibição dos filmes.

O cinema sustentável foi inaugurado no dia 25 de novembro de 2022, está localizado no Continental Shopping e tem mais de dois mil metros quadrados. O primeiro cinema sustentável da América Latina surgiu em Minas Gerais, na cidade de Itajubá, no ano de 2019.

Posto elétrico em São Paulo

Também em São Paulo apareceu o primeiro posto completamente elétrico do país. Está no Jardim Anália Franco. Ele tem carregadores ultrarrápidos em um espaço projetado somente para veículos elétricos.

Os donos de carros têm à sua disposição quatro carregadores, com oito pontos de recarga simultânea. Eles têm potencial para prestar atendimento a qualquer tipo de veículo elétrico ou híbrido plug-in.

Como investir em energia solar em São Paulo?

Não é difícil investir em energia em São Paulo. Funciona da mesma forma que em outros estados. O primeiro passo é procurar uma empresa especializada em equipamentos e instalação de sistemas fotovoltaicos.

Há muitas opções, mas é preciso pesquisar bem e comparar não somente preços, mas também, a qualidade do atendimento e dos equipamentos, a reputação da empresa, a satisfação dos clientes, as condições de pagamento e outros aspectos relevantes.

Depois de escolher a empresa, é preciso entrar em contato com ela e marcar uma visita técnica. Essa etapa é necessária para que profissionais qualificados avaliem o local e tenham dados suficientes para desenvolver um bom projeto.

É fundamental dimensionar o sistema fotovoltaico a partir da demanda do imóvel. Assim, será possível identificar a quantidade de placas fotovoltaicas necessárias, escolhendo a potência ideal para cada uma.

On-grid ou off-grid

Depois, é preciso fazer a instalação dos painéis solares no telhado e receber a aprovação da concessionária local para que o sistema solar seja conectado à rede elétrica. Essa forma de instalação é a mais comum nas cidades: on-grid ou grid-tie.

Quando o sistema produz mais energia que a requerida pelo imóvel, o excedente é armazenado na própria rede de energia elétrica local. Por outro lado, quando o sistema fotovoltaico não consegue produzir energia para atender às necessidades do imóvel (o que acontece, por exemplo, em dias chuvosos ou durante a noite), a rede elétrica faz a compensação, fornecendo a energia que a edificação precisa.

Por isso, o sistema on-grid também é chamado de “sistema de compensação”. Com ele, o consumidor pode reduzir a conta de energia elétrica em até 90%. O retorno do investimento ocorre, em média, em cinco anos. Vale lembrar que o sistema tem vida útil de 25 anos, mas pode alcançar um período maior.

Outra forma de instalação é a off-grid, ou seja, desconectada da rede. Nesse caso, a energia excedente é enviada a um banco de baterias solares. É uma solução que exige um investimento maior.

Existe outro importante componente do sistema fotovoltaico: o inversor solar, o qual converte a energia gerada de corrente contínua (CC) para corrente alternada (CA). A energia CA permite acender luzes e colocar equipamentos elétricos e eletrônicos em funcionamento.

Qual é o fluxo de financiamento para instalar energia fotovoltaica em São Paulo?

Uma das melhores formas de adquirir energia solar em São Paulo é por meio de financiamento. Existem opções para estimular o consumidor a comprar e instalar seu próprio sistema.

Diferentes bancos oferecem financiamento para energia solar em São Paulo, como Santander e Banco BV. Os juros, em média, variam entre 24% e 30%.

O trâmite para financiar painéis solares em São Paulo ocorre, primeiramente, com a remessa de documentos da pessoa interessada para o banco responsável. A instituição realiza uma avaliação interna para consultar o score e seu potencial de crédito. É um procedimento relevante para pesar os riscos para o negócio.

Vamos apresentar um passo a passo para um melhor entendimento do fluxo de financiamento, considerando a etapa prévia de análise da viabilidade de instalação do sistema no imóvel:

  1. envio do formulário para o e-mail pedindo informações para passar para a instituição financeira e, dessa forma, efetivar a análise;
  2. se o banco rejeitar o fluxo por causa do score, a empresa fornecedora pode contatar o cliente e oferecer uma proposta diferente;
  3. caso o banco aprove logo a proposta, são solicitados os documentos específicos para cada instituição financeira, como CPF, RG e comprovante de renda;
  4. liberado o valor pelo banco, o cliente pode comprar os equipamentos e pagar a instalação.

Como são as parcelas de financiamento?

As parcelas podem ser pré-fixadas ou pós-fixadas. No primeiro caso, elas são fixas, o que significa que esse parcelamento não varia com o tempo. Já no segundo, o valor a pagar está condicionado, de forma direta, ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O que os bancos consideram para liberar financiamento para energia solar em São Paulo?

As instituições financeiras costumam considerar alguns fatores para liberar o financiamento. Os principais são esses:

  • análise de perfil: o banco analisa as contas, os atrasos, os financiamentos ainda em curso, o comprovante de renda e o score;
  • restrições cadastrais: avaliação em que o banco faz uma consulta aos órgãos de restrições de crédito.

Como as placas devem ser instaladas no telhado?

Tanto em São Paulo quanto no resto do Brasil, os painéis fotovoltaicos são instalados voltados para o norte. O objetivo é usufruir o nascimento do sol no leste e seu desaparecimento, no oeste.

O que é necessário para instalar energia solar em São Paulo?

Um projeto no estado de São Paulo, geralmente, envolve painéis fotovoltaicos, equipe de engenharia, técnicos especializados em instalação, inversores, cabeamentos, estrutura de suporte e string box. Esse é um produto que confere proteção à parte de corrente contínua do sistema de energia solar.

É o string box que conecta os cabos originados das placas fotovoltaicas ao inversor, garantindo proteção contra sobrecorrente e sobretensão, permitindo o seccionamento do circuito. Os componentes fundamentais do string box são:

  • invólucro, em que ficam os dispositivos protetores e as conexões elétricas;
  • dispositivo seccionador, que pode ser implementado com disjuntor ou chave seccionadora;
  • DPS (Dispositivo de Proteção contra Sobretensão);
  • dispositivo para proteger contra sobrecorrente, que pode ser fusível ou disjuntor;
  • cabos de corrente contínua.

Qual é a taxa de incidência solar em São Paulo?

A taxa de incidência solar corresponde ao total de radiação que o sol emite por unidade de área. Na região metropolitana de São Paulo, a incidência solar aritmética é de 4,95 kWh/m2/dia, sendo que o kWh (quilowatt-hora) é a unidade de medida que representa o consumo de energia elétrica.

Isso significa que, em cada metro quadrado da região metropolitana do estado, o sol promove quase 5 quilowatts de energia por hora em um dia. Em 24 horas, cada metro quadrado da Grande São Paulo usufrui de 118,8 quilowatts de energia solar.

Vale lembrar que a Grande São Paulo é formada por 38 municípios, incluindo a capital, e ocupa uma área de 7.946,84 quilômetros quadrados. A taxa de incidência solar é um importante índice para assegurar a viabilidade econômica e técnica de projetos de energia solar em São Paulo.

Ela ajuda a calcular, por exemplo, a quantidade de painéis solares que o imóvel precisa. A incidência do sol que alcança a superfície em determinado local do Brasil sofre influência de fatores, como:

  • rotação e translação do planeta (movimento que a Terra faz em torno de si mesma e movimento que a Terra faz em torno do sol, respectivamente);
  • latitude do lugar (distância em graus de um ponto em relação à Linha do Equador);
  • inclinação do eixo da Terra (23º);
  • concentração de nuvens.

Para fazer um projeto de energia fotovoltaica, é necessário analisar aspectos da região para considerar o potencial mais adequado das placas solares. Naturalmente, projetos no Sudeste, Nordeste e Sul apresentarão diferentes taxas de incidência solar.

Esse índice é considerado favorável à produção de energia elétrica em todo o Brasil, mesmo levando em conta as diferenças de taxas de incidência entre as regiões.

Conforme o Atlas Solarimétrico do Brasil, incide no país, anualmente, entre 4.444 Wh/m2 a 5.483 Wh/m2, sendo que Wh é a sigla de Watt-hora, outra unidade de medida de energia.

As placas fotovoltaicas são produzidas para captar o máximo rendimento até 25º C. Além desse valor, pode ocorrer uma perda no desempenho do sistema fotovoltaico.

A HCC Energia é uma empresa especializada na instalação de sistemas fotovoltaicos. É uma ótima opção para energia solar em São Paulo. Entre nossos diferenciais, podemos citar a capacitação dos profissionais, os projetos personalizados, o suporte comercial e técnico, os melhores equipamentos, o atendimento ágil, a assistência técnica e as condições de pagamento mais facilitadas.

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