Energia solar por assinatura: entenda como funciona

Já ouviu falar sobre energia solar por assinatura? É uma opção cada vez mais viável e acessível para quem deseja utilizar energia renovável em sua casa ou empresa.

Além de ser uma escolha sustentável, essa ideia pode trazer uma economia significativa na conta de luz. Assim, gera benefícios tanto para o bolso quanto para o meio ambiente.

Neste artigo, vamos explicar como funciona a energia solar por assinatura e como ela pode ser uma escolha inteligente para quem busca economia e sustentabilidade. Vamos mostrar, ainda, quais são as vantagens e como você pode investir nesta proposta. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!

O que é energia solar por assinatura?

A geração compartilhada de energia é uma modalidade que já existe desde 2015. Começou na Alemanha, espalhando-se pelo resto da Europa e alcançando os Estados Unidos. Hoje, a legislação está mais desenvolvida e oferece estímulos para sua adoção.

Quando iniciou, seguia o modelo de comunidades solares. Para isso, fundamentava-se em consórcios ou cooperativas que permitiam instalar usinas pequenas para fazer o compartilhamento de energia com unidades de consumo. Essas podiam se encontrar perto ou distante do local de produção.

Com as alterações na regulação, que deram origem à modalidade de geração remota no país, surgiu a possibilidade de ofertar um novo serviço: a energia solar por assinatura.

Muitas empresas têm se especializado em oferecer serviços dessa natureza. Eles contam com diferentes vantagens, inclusive, a possibilidade de fazer uso da energia fotovoltaica sem a necessidade de instalar nenhum equipamento no imóvel.

O que é a geração compartilhada de energia?

A geração compartilhada de energia é uma modalidade de geração distribuída que possibilita a mais de um imóvel dividir a energia produzida por um mesmo sistema fotovoltaico. É necessário que todos sejam atendidos pela mesma concessionária de energia.

Esse modelo possibilita a um conjunto de pessoas se reunirem em uma cooperativa ou em um consórcio para fazer uso da energia produzida em uma fazenda solar localizada, na maioria das vezes, na zona rural.

A energia produzida na fazenda solar é direcionada à rede de distribuição. Assim, é utilizada como crédito para descontar na conta de energia elétrica dos membros do consórcio ou cooperativa, o que dá descontos na fatura.

Existe diferença entre autoconsumo remoto e geração compartilhada, embora muitas pessoas confundam os dois conceitos. No caso de autoconsumo remoto, a geração compartilhada ocorre somente em imóveis que pertencem à mesma pessoa, seja física, seja jurídica.

Na maioria das vezes, é aplicável a alguém que dispõe de um sistema fotovoltaico em sua casa e pretende obter esse benefício em outro imóvel, como casa de praia ou casa de campo. Também é comum em empresas com filiais.

O autoconsumo remoto consiste, portanto, em uma ampliação do autoconsumo local. Assim, existe dependência do projeto que foi contratado para o primeiro imóvel, necessitando da autorização dos órgãos competentes.

No caso da geração compartilhada, não há necessidade dessas demandas. Ela reúne diferentes unidades de consumo para fazer uso de um mesmo sistema fotovoltaico. Não é necessário investir em obras e projetos caros, muito burocráticos.

Barra do Quarai – Usina solar  projeto Liberty -energia solar por Assinatura – HCC – Energia solar

Como funciona a energia solar por assinatura?

Nesse caso, não é preciso fazer um investimento inicial para aproveitar essa modalidade, sendo que algumas organizações não cobram taxas de cancelamento. O contrato é realizado completamente online, o que assegura rapidez no atendimento.

A própria empresa entra em contato com a distribuidora de energia local. Os créditos de energia solar são descontados, de forma direta, na conta de luz. Isso acontece devido a acordos que são firmados entre as organizações que geram energia solar e as empresas que distribuem energia elétrica.

É um processo que assegura entre 10% e 15% de economia na fatura de energia elétrica. A depender da região do Brasil em que as pessoas se encontrem, é possível economizar até 20% no valor completo da conta.

Os valores já envolvem a taxa de assinatura. Assim, mesmo que o consumidor pague por ela, há boa economia de recursos. Os pacotes e as taxas mudam conforme a empresa e dependem da avaliação de consumo mensal.

Vejamos um exemplo para compreender melhor. Uma pessoa que gasta R$200,00 por mês na conta de luz, com um desconto de 15% mensais em cada fatura, terá uma economia de anual de R$360,00. Quando consideramos empresas que pagam R$12 mil por mês nas contas de luz, a economia é de R$14.400,00 em um ano.

A energia solar por assinatura é produzida em fazendas solares, que podem ou não ficar perto de residências. Algumas empresas até emprestam os equipamentos.

Nesse caso, não é preciso assumir a instalação nem a manutenção das placas solares — paga-se somente uma mensalidade pelo serviço.

Como está a energia solar por assinatura no Brasil?

De acordo com Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), aproximadamente 20 empresas trabalham no mercado de energia solar por assinatura. Minas Gerais é o estado que mais se destaca no cenário de geração distribuída, que envolve outras modalidades, além do modelo por assinatura.

Na verdade, o mercado de energia fotovoltaica no Brasil é recente. Havia poucos projetos até 2014. Naquele ano, realizou-se o primeiro leilão de energia com participação da energia solar, promovido pelo governo federal.

Em leilões, as usinas comercializam contratos para as distribuidoras, como Cemig, Enel ou Light. Esse comércio favorece a construção de empreendimentos na área. Consiste no modelo de geração centralizada, com as primeiras usinas operando desde 2017.

Entre os anos de 2015 e 2016, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu vida ao modelo de geração distribuída (GD). Nesse caso, a produção se efetiva apenas em pequenas usinas. Elas têm capacidade de até 5 MW, no próprio local de consumo ou em algum lugar próximo.

Desde 2020, a GD passou a representar a maior parte da geração fotovoltaica no Brasil. Em março de 2022, equivalia a 67% do potencial instalado no país.

Em 2022, o Brasil ocupava a quarta posição em capacidade de produção de energia fotovoltaica (5,7 GW), logo depois de China, Estados Unidos e Índia, conforme pesquisa da Agência Internacional de Energias Renováveis.

Hoje, o país está em 13º lugar em potencial instalado e acumulado para energia fotovoltaica. A tendência é que, nos próximos anos, ele venha a ficar entre os 10 países com mais capacidade instalada.

Quais são os desafios do mercado de energia solar no Brasil?

Uma das principais dificuldades para a expansão da energia fotovoltaica no Brasil era o fato de que a maioria dos equipamentos usados vinham de outros países. Nesse sentido, os custos eram em dólares.

Porém, na medida em que o mercado foi se expandindo, os valores cobrados pela tecnologia passaram a cair entre 10% a 15% por ano. Veja quais são os desafios da energia solar.

Falta de conhecimento

Infelizmente, muitas pessoas ainda desconhecem as vantagens efetivas do sistema fotovoltaico, como:

  • valorização do imóvel;
  • economia na conta de luz;
  • diferentes possibilidades de financiamento.

É importante investir mais em divulgação dessa proposta, campanhas de conscientização da população e reportagens para prestar esclarecimentos sobre os benefícios da energia solar no cenário atual.

Falta de qualificação no setor de energia solar

Outro desafio é a formação e a qualificação de engenheiros e técnicos para atuarem no mercado de energia fotovoltaica. Pesquisa efetivada pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, em inglês) revelou que o setor de energia solar criou 43 mil novos empregos em nosso país.

Isso colocou o Brasil no oitavo lugar no mundo, antes da Alemanha e do Reino Unido. A demanda no setor cresce. Consequentemente, aumenta também a necessidade de mão de obra qualificada para realizar projetos e instalar os equipamentos.

É preciso ter qualificação para atuar na área comercial. O profissional deve se comunicar bem e passar confiança para o cliente.

Somente dessa maneira será possível concluir negócios com os melhores resultados. Deve-se entender, é claro, sobre a legislação pertinente, as informações técnicas, financeiras e regulatórias para ajudar na tomada de decisão do cliente.

Investimentos

Um grande desafio é prestar esclarecimentos sobre o que, realmente, é o investimento em energia fotovoltaica. Um projeto de usina solar oferece benefícios, como:

  • valorização do imóvel: o sistema instalado agrega valor à propriedade, aumentando seu preço de mercado;
  • custo-benefício: a redução de energia pode chegar entre 95% e 100%;
  • sustentabilidade: o sistema solar ajuda na preservação do meio ambiente, produzindo energia retornável e limpa, o que também contribui para os ajustes nas tarifas;
  • durabilidade: os painéis fotovoltaicos apresentam maior resistência às intempéries e durabilidade com potência de até 90%, em 12 anos, e até 80%, em 25 anos, além de necessidade baixa de manutenção;
  • sistema de compensação: geração de créditos que diminuem o valor da conta de luz, regulada pela Aneel;
  • incentivos fiscais: o ProGD (Programa de Desenvolvimento de Geração Distribuída de Energia Elétrica) do governo federal estimula a geração distribuída de energia limpa.

Escolha dos melhores equipamentos

Para a escolha dos melhores equipamentos, é adequado ter o acompanhamento de uma empresa confiável. Ela vai orientar de forma eficiente, oferecendo as melhores ferramentas e o sistema mais adequado às suas necessidades.

Fique atento a produtos muito baratos. O melhor método para testar a eficiência do sistema é calcular sua potência em watts. O desempenho eficaz costuma ser de 15% em diante. Para escolher os equipamentos corretos, é necessário considerar os pontos a seguir:

  • eficiência;
  • valor do investimento;
  • marca;
  • qualidade;
  • durabilidade;
  • autenticação do produto;
  • assistência/atendimento do fornecedor.

Legislação

A legislação que regulamenta a energia fotovoltaica vem avançando, conforme o crescimento da demanda pela aquisição de usinas. O Projeto de Lei nº 5829/2019 foi aprovado e sua finalidade é democratizar a energia solar, oferecendo segurança jurídica para as pessoas que desejam investir no mercado.

Porém, muitos ainda não estão a par dessa proposta, que vai ajudar a expandir o mercado no país. O PL assegura proteção à aplicação das regras que já incidiam sobre os investimentos em andamento, bem como ajuda na implementação de encargos e tarifas que permitem mais sustentabilidade a todos os interessados.

Quais são as vantagens da energia solar por assinatura?

Pagando somente pela mensalidade, a economia na conta de luz pode alcançar até 95%. Se toda a energia gerada não for consumida, é possível vender créditos.

Com a energia solar convencional, o consumidor já ganha mais autonomia em relação às contas de luz. No modelo por assinatura, essa independência tende a crescer. Afinal de contas, é possível negociar com os fornecedores e contratar os planos que forem mais vantajosos, que oferecerem as melhores condições.

Em sua maior parte, os planos oferecem preço fixo. Desse modo, o consumidor consegue prever quanto será cobrado pelo serviço.

O modelo por assinatura também não requer mudanças na rede elétrica que já existe. Não é preciso fazer a conexão com a rede local, como ocorre com a modalidade de instalação on-grid.

Além disso, vale lembrar que o sol é uma fonte de energia limpa e renovável, cuja captação não causa impactos no meio ambiente. Com os módulos solares, é possível gerar energia mesmo nos dias chuvosos e nublados.

É bastante válido ressaltar a vida útil dos equipamentos, que pode chegar a 25 anos ou mais, com manutenções de baixo custo. O importante é que as placas se mantenham limpas para que a produção de energia não diminua.

Os planos de assinatura permitem diferentes vantagens, sem a necessidade de efetuar um investimento para instalar o sistema. Mesmo para quem mora em casa ou apartamento alugado, ou sem telhados adequados, existe a possibilidade de contratar algum plano.

A instalação independente exige um investimento de, no mínimo, R$20 mil. O retorno financeiro se dá em torno de cinco ou seis anos depois que o sistema começa a ser usado.

Esses planos garantem economia e fácil acesso a uma forma de energia sustentável e limpa. É uma boa opção para quem não tem condições de instalar um sistema fotovoltaico próprio.

A energia solar por assinatura é uma ideia incrível, tanto para empresas quanto para residências. Essa solução promete fazer parte de um mercado promissor, que vai preencher lacunas ainda existentes no sistema de energia fotovoltaica. Trata-se de uma forma nova de gerar um tipo de energia que se responsabiliza somente por 1,7% do total produzido no Brasil.

Para mais informações sobre esse mercado, é importante se manter atualizado. Então, aproveite para conhecer as mudanças de 2023 na legislação da energia solar!

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