O que é energia solar por assinatura e quais seus benefícios? Saiba

Em tempos de inflação alta, perda de renda e demora na recuperação econômica, a conta de luz pesa demais no orçamento dos brasileiros. Fazer malabarismo com boletos está cada vez mais comum, pois não se sabe qual pagar primeiro. Pelo menos na área de energia elétrica, vem uma boa notícia que pode vir a ser uma solução para a conta de luz. É a chamada energia solar por assinatura.

Com a crise hídrica de 2021, a pior em quase 100 anos, os brasileiros precisaram buscar formas de economizar energia elétrica. Isso porque o governo acionou a bandeira vermelha, e ainda criou uma mais cara, o que sinaliza a utilização de termelétricas para suprir a baixa na produção das hidrelétricas, usando combustíveis mais caros para gerar energia, com consequente aumento na tarifa.

Uma das formas para se driblar essa alta foi a contratação de energia solar por assinatura. Com uma economia que pode chegar a 20%, essa solução tem se mostrado bastante atrativa. Com um detalhe importante: não é necessário nenhum centavo de investimento inicial.

Veja como essa energia é gerada e distribuída para chegar ao lares e comércios, nas regiões onde ela já é disponibilizada.

Como é gerada a energia solar por assinatura?

Com a autorização do governo federal para implantação de pequenas usinas, de até 5 MW (megawatts), surgiram as chamadas fazendas solares. Similares ao conceito de fazenda mesmo, a “colheita” da energia é colocada à disposição dos clientes a partir da distribuidora local, e a cota é contratada para consumo na forma de assinatura mensal.

Essas fazendas solares são instaladas em pontos de alta irradiação, com equipamentos específicos para armazenamento de energia para posterior distribuição. Para o consumidor final, é como se estivesse alugando um lote nessa fazenda, para usar em sua casa.

Como é feita a distribuição aos assinantes?

Para distribuir a energia e fazê-la sair da fazenda solar e chegar até o ponto de consumo, não há necessidade de implantação de nova rede. A própria rede da distribuidora servirá de canal para isso.

Basta que a distribuidora local de energia tenha um convênio com uma geradora, a fazenda solar, e a residência ou o estabelecimento seja cliente atendido na modalidade baixa tensão. A energia produzida entra na rede local, sendo distribuída via rede já existente, sem necessidade de instalação de equipamentos extras.

Quais as vantagens oferecidas pelo sistema de assinatura?

Uma das grandes vantagens da assinatura é que o preço não acompanha os aumentos e bandeiras tarifárias. O valor referente aos créditos adquiridos é atrelado à produção da fazenda solar, e não à das hidrelétricas. Dessa forma, fica descolado de eventuais eventos climáticos que afetem as estações de chuvas.

Outro ponto interessante é não haver obrigatoriedade de fidelidade ao plano contratado. A assinatura pode ser cancelada no momento em que o cliente julgar necessário, diferentemente da instalação das placas, que precisam ser adquiridas. Caso o cliente mude de endereço dentro da área de cobertura da distribuidora, a assinatura continua válida, sem precisar de alterações.

Esse modelo também fomenta a geração de empregos nas regiões onde as fazendas solares são instaladas. Além das contratações no início da operação, conforme a adesão ao sistema vai aumentando, vem junto a necessidade de ampliar as instalações e, por consequência, a demanda por mais mão-de-obra.

Quanto custa por mês?

Uma das vantagens do sistema de assinatura é que não há necessidade de investimento em instalação de equipamentos. Com um custo mínimo girando por volta de R$15 mil, a instalação do sistema localmente se mostrava inviável para pequenas residências e comércios em determinada faixa de renda mensal. A montagem de usina fotovoltaica para geração individual também precisa de um local apropriado.

Essas características se tornaram barreiras à adesão do cliente, dependendo do caso. Mesmo onde esses desafios não existem, o fato de já estar conectado à rede local de energia e apenas ter o trabalho de aderir ao sistema faz com que a assinatura seja extremamente atrativa. O setor prevê uma adesão em massa nos próximos anos.

O custo da assinatura varia de acordo com a operadora, e conforme o tipo de consumidor e localização. Para planos residenciais, pelo levantamento em 2022, o valor fica entre R$200,00 e R$300,00 por mês.

No caso de consumidores com planos comerciais, ou localizados na zona rural, os planos têm um custo um pouco mais elevado, mas que ainda compensa, trazendo economia no cálculo final. Vale consultar as operadoras da sua região e ver em que condição sua residência ou negócio se enquadra.

Como fazer para contratar a assinatura?

A forma de contratação, em geral, é simples. O que a empresa precisa é do número da unidade consumidora e do CPF do titular da conta. O restante do processo é todo feito entre a empresa geradora e a concessionária.

O cliente final verá o desconto do valor contratado direto na conta da própria concessionária. Essa contratação é feita online, via site ou aplicativo. Outro ponto importante é não haver fidelização prevista em contrato, ou seja, o cliente pode cancelar no momento que achar mais oportuno. A economia final gira entre 12% e 20%.

Qual a relação com a democratização da energia solar?

Essa nova modalidade de distribuição de energia solar vem sendo chamada “Netflix da energia solar”, pois permite acesso a uma energia limpa, com pagamento mensal. É a democratização de um tipo de energia que, até pouco tempo atrás, dependia de instalação de equipamentos de captação e transformação de energia do sol em elétrica através das placas fotovoltaicas.

O impacto ambiental benéfico já se sente a curto prazo. Isso é percebido quando se faz um cálculo de quanto de emissão de gases causadores de efeito estufa se evita colocar no ambiente.

Como vimos, no longo prazo, o impacto da energia solar por assinatura será decisivo para o futuro do planeta, com a adesão sendo cada vez maior. Assim, se evitará a construção de novas hidrelétricas, por exemplo, que precisam de ampla área devastada para sua implantação.

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