As diferenças entre os inversores convencionais e microinversores solares

O sistema de geração elétrica a partir da energia solar necessita não somente das placas fotovoltaicas (módulos, painéis), mas também, de inversores. A função desse aparelho é transformar a corrente contínua (CC) do sistema em corrente alternada (CA), que é a utilizada nas residências e em todas as construções.

Logo, é um dispositivo fundamental para tornar utilizável a energia gerada pelo sistema fotovoltaico. Neste artigo, falaremos sobre as diferenças entre o inversor convencional e o micro inversor solar. Veja as características de cada um e qual oferece mais vantagens!

Quais são as diferenças entre inversor convencional e microinversor solar

Vamos considerar as diferenças entre o inversor convencional e o micro inversor solar. O primeiro usa painéis solares interligados em série e, dessa forma, trabalha com altas tensões em CC. Isso oferece riscos aos usuários e aos bens móveis e imóveis.

Cada fileira de painéis recebe o nome de “string”. O inversor convencional busca, durante o dia, o MPP, que é o ponto de máxima potência do módulo fotovoltaico: maximum power point.

Geralmente, um inversor convencional que alcança até 10 Kw apresenta de 1 a 3 MPPTs (maximum power point tracking: ponto rastreador de potência máxima). Cada MPPT se responsabiliza por uma fileira de painéis.

O microinversor solar, por sua vez, não precisa de ligações em série dos painéis solares. Em vez de muitas fileiras de placas solares, ele é interligado em pequenas quantidades de módulos. Em um sistema com 40 placas, é possível operar com apenas um inversor string ou com 20 micro inversores que se conectam a dois módulos, cada um.

Assim, considerando os micro inversores, cada placa fotovoltaica opera com um MPPT específico. Com um ponto rastreador de potência máxima para cada painel, é possível conseguir uma maior geração de energia pelo sistema fotovoltaico.

Vale lembrar que, em inversores convencionais, caso um painel seja afetado pela incidência da sombra, por exemplo, todos os outros painéis da fileira também serão atingidos.

O que prejudica a geração de energia no sistema fotovoltaico?

Os módulos fotovoltaicos precisam de luz, e não de calor. Por isso, os vidros precisam estar limpos, sem sujeira nem detritos, para garantir o bom funcionamento do sistema.

O sombreamento, certamente, prejudica a eficiência do sistema, mas a poeira e o pólen acumulados durante meses também são fatores que reduzem a quantidade de energia gerada. Não podemos nos esquecer da poluição. No inversor tradicional, mesmo com o monitoramento, não tem como identificar se alguma placa está comprometida.

Outro fator que prejudica a produtividade do sistema fotovoltaico é o calor. Isso porque ele interfere na potência de saída de uma placa. Em geral, as placas que ficam dispostas no meio tendem a esquentar mais do que aquelas que ficam no final de cada fileira.

É importante dar atenção a todos esses pontos e compreender que os micro inversores conseguem contornar com mais sucesso esses problemas. Afinal, os painéis afetados não interferem na eficiência dos outros.

O que avaliar na hora de comprar?

O microinversor solar, portanto, tende a ser mais eficiente. O preço, contudo, é mais alto que o do inversor convencional. É importante comparar e analisar o custo-benefício.

Para até quatro placas fotovoltaicas, a compra de micro inversores é uma boa solução (nesse caso, serão necessários dois microinversores, pois cada um fica conectado a dois módulos). É uma boa solução para sistemas pequenos. Em sistemas maiores, é importante considerar a viabilidade do sistema do ponto de vista financeiro.

De qualquer modo, a maior eficiência do sistema já é um bom motivo para escolher os microinversores. Eles também têm garantia de fábrica de 25 anos.

Nos lugares de instalação que apresentam muitas quedas de telhado ou muito sombreamento, o microinversor é a melhor, se não a única, opção. Isso porque, com os microinversores solares, os painéis operam de maneira independente a fim de que, durante o dia, placas com diferentes irradiações não atrapalhem o funcionamento do MPPT da fileira.

Um dos problemas em relação ao microinversor é a sua escassez no mercado brasileiro. O fornecimento desses aparelhos se encontra limitado e irregular, o que causa dificuldades aos consumidores. Ainda que ele não seja oferecido em larga escala, a tendência é que, com o passar do tempo, essa situação seja solucionada e os consumidores encontrem muitas ofertas de microinversores disponíveis no mercado.

Por enquanto, convém procurar lojas confiáveis, que ofereçam o produto e passem orientações aos compradores, explicando a melhor opção para cada caso. Um bom fornecedor não se preocupa somente em vender, mas em satisfazer a necessidade do cliente com a solução mais adequada. Por isso, tem profissionais capacitados que prestam consultoria e tiram todas as dúvidas do cliente antes que ele efetue uma compra.

Quais são as vantagens do microinversor solar?

Entre as vantagens do microinversor, podemos destacar:

  • elevada eficiência pelo fato de rastrear o MPP individual;
  • possibilidade reduzida de mistmatch (incompatibilidade) porque os efeitos da poeira e do sombreamento que atingem uma placa fotovoltaica não prejudicam a performance do gerador por completo;
  • possibilidade de escolher placas e fazer uma revisão detalhada das medições realizadas em tempo real;
  • cada painel trabalha de forma independente e, se um parar, os outros permanecem em funcionamento de maneira proporcional ao arranjo;
  • monitoramento preciso, já que os módulos trabalham independentemente;
  • possibilidade de ampliar o sistema por um preço mais baixo;
  • cada módulo opera em toda a sua potência, sem levar em conta os demais que estão no arranjo;
  • possibilidade de que todo o caminho da CC fique apenas no telhado, pois o microinversor deve ficar anexado ao módulo solar (no inversor convencional, é preciso criar um caminho de CC extra, complementar ao circuito do imóvel, o que contribui para deixar os usuários mais vulneráveis a descargas e choques comuns na corrente contínua).

Um estudo realizado da Appalachian State University confirmou a maior eficiência do microinversor solar sobre o inversor convencional. Um poste gerava sombra sobre 3,2% da superfície de uma placa fotovoltaica.

Com microinversores, o sistema produziu aproximadamente 26% a mais de energia que o sistema com inversor convencional. Em condições sem sombreamento, ofereceu desempenho 20% melhor que o sistema com inversor convencional.

O microinversor solar é uma evolução do inversor convencional. Mais compacto e mais eficiente que o outro, ele ainda não é muito usado, mas gradualmente se tornará uma opção mais disponível no mercado brasileiro.

E você? Já testou os micro0inversores? Se gosta não somente de ler, mas de visualizar imagens para ter uma melhor noção dos produtos, aproveite para nos seguir no Instagram e no Facebook: lá, você poderá conferir, além de textos, muitas fotos e vídeos!

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