A Região Sul é uma das que mais aproveitam a energia fotovoltaica no Brasil. Mesmo sendo uma área de clima temperado, apresenta bom índice de insolação.
Neste artigo, vamos falar especificamente da capital do Paraná. Veja por que vale a pena investir em energia solar em Curitiba. Confira os custos e vantagens do investimento. Saiba, também, por que essa cidade é considerada uma capital ecológica!
Curitiba é uma capital ecológica
Para começar, vamos explicar por que Curitiba é uma cidade ecológica. Ela se destaca com diferentes soluções que promovem o bem-estar social e a preservação do meio ambiente.
Curitiba é uma cidade pioneira, e líder em todo o Brasil, na porcentagem de reciclagem de resíduos. Fez isso, separando 22% de todos os resíduos que gera.
A capital paranaense é famosa por seus parques e unidades de preservação que comportam fauna e flora nativas. Ela também ajuda na preservação de rios que atravessam o município.
A Família Folha é pioneira no Brasil na educação sobre a correta destinação dos resíduos domésticos. É uma família formada por personagens que trabalham na conscientização ambiental e estão por trás dos principais programas sustentáveis da Prefeitura. Ela surgiu em 1990. Os integrantes da Família Folha são:
Seu Folha;
Dona Fofô;
Fófis;
Fifo;
Flora;
Fefo;
Pet Folheco.
Outras razões que levam Curitiba a ser classificada como capital ecológica são a presença de bosques e parques, de muitas árvores nas ruas e outras. Confira na sequência!
60 metros quadrados de verde por morador
A OMS (Organização Mundial de Saúde) define como área verde mínima por habitante o total de 12 metros quadrados. Curitiba vai muito além: criou unidades de conservação e estimulou a conservação de áreas privadas e, assim, alcançou 60 metros quadrados de área verde para cada habitante.
Parques e bosques em todas as regiões da cidade
Em Curitiba, além do Jardim Botânico, existem 44 bosques e parques. Considerando jardinetes, praças, jardins ambientais e eixos de animação, há um total que se aproxima de 13 milhões de metros quadrados de áreas preservadas, constituídas por equipamentos de entretenimento, práticas esportivas e bosques nativos.
Somente em 2021, a cidade deu certificação a 20 reservas novas, somando 65 áreas verdes privadas sob preservação. Isso equivale a 812 mil quilômetros quadrados. Esse reconhecimento é da Apave (Associação de Protetores de Áreas Verdes do Paraná) e da Confederação Nacional de RPPNs.
330 mil árvores nas ruas
Curitiba conta com 330 mil árvores plantadas nas vias públicas. Isso sem considerar as árvores que estão plantadas nos bosques nativos, as recomposições de plantios nessas áreas e as plantações em áreas privadas referentes ao Desafio 100 Mil Árvores.
As áreas verdes oferecem vantagens como sombra, conforto térmico, proteção à biodiversidade e sequestro de carbono. O sequestro de carbono representa a transformação do gás carbônico em oxigênio. É um processo feito espontaneamente a partir da fotossíntese, ocorrendo nas florestas, no solo e nos oceanos.
Lixo garante renda e boa alimentação
Por meio da Coleta Seletiva, tudo que é recolhido na cidade é direcionado às 40 Associações do Ecocidadão. Nessas entidades, aproximadamente 700 pessoas realizam a separação e o comércio de materiais, como vidro, papel, lata e plástico.
As associações vendem os materiais para as empresas, que reaproveitarão a matéria-prima. Curitiba paga, por cada tonelada, um valor por esse serviço essencial ao meio ambiente da cidade.
Quem separa os materiais ainda se beneficia com a alimentação de diversos hortifrútis a partir do Programa Câmbio Verde. A participação nele garante um quilo de verduras e frutas oferecido em troca de cada quatro litros de lixo reciclável. Cada quatro litros de óleo dão direito a um quilo de alimento.
Energia solar em Curitiba
Curitiba vem se destacando na busca por soluções sustentáveis, incluindo a energia solar. Atualmente, o Paraná ocupa a sexta posição entre os estados com maior potência de energia solar instalada, o que corresponde a 4,6% de todo o potencial do país.
Entre as cidades do estado, Curitiba ocupa o primeiro lugar na instalação de painéis solares em edificações, tanto residenciais quanto comerciais, bem como em estruturas públicas. A capital paranaense tem placas fotovoltaicas sobre a sede da Prefeitura, no Jardim Botânico, no Parque Barigui e na Fazenda Urbana (Cajuru).
Ao todo, a energia solar em Curitiba tem uma potência instalada de 311 kWp (quilowatt-pico). A capital conta com 13,9 MWp (megawatt-pico) instalados:
7 MWp pertences às residências;
5,6 MWp pertences ao comércio.
Dessa forma, a potência instalada em Curitiba pelo poder público equivale a um pouco mais de 2% do valor total.
Vantagens de investir em energia solar em Curitiba
Investir em energia solar em Curitiba pode oferecer muitas vantagens. Uma das principais é a possibilidade de acompanhar as tendências que já existem na cidade.
Tendências sustentáveis
Há alguns projetos sustentáveis em curso ou em vias de se concretizar. Conheça outras tendências que reforçam os benefícios de instalar o sistema fotovoltaico no município.
Recarga de veículos elétricos no aeroporto
O aeroporto de Curitiba oferece recarga gratuita de veículos elétricos. Os pontos de recarga se situam no Edifício Garagem, ampliando as possibilidades para o uso de carros híbridos ou elétricos nas cidades.
A CCR Aeroporto é a administradora do terminal e tem intenções de disponibilizar uma melhor infraestrutura que viabilize a utilização dos carros elétricos. Por enquanto, o abastecimento é gratuito devido à planta de energia solar que existe na cobertura do prédio garagem.
Plataforma hidrológica
Outro projeto sustentável da cidade de Curitiba é a compra de uma plataforma para coletar dados hidrológicos. Essa plataforma mede:
nível da água do rio por meio de um sensor ultrassônico;
precipitação pluvial em acúmulo, a partir de um pluviômetro.
Curitiba Mais Energia
Em 2019, foi criado o programa “Curitiba Mais Energia”, diretamente ligado ao uso de energia solar em Curitiba. Criado em 2019, sua finalidade é diminuir a emissão de GEEs (Gases de Efeito Estufa) e estimular a implantação de ferramentas avançadas (tecnologia sofisticada), que priorizam a utilização de fontes renováveis para produzir energia elétrica em ambientes públicos.
Como exemplo, vamos lembrar a miniusina hidrelétrica CGH Nicolau Klüppel e os módulos solares do telhado do Palácio 29 de Março, onde funciona a Prefeitura.
Existem, ainda, placas solares na Galeria das Quatro Estações, localizada no Jardim Botânico. Para o futuro, está programada a instalação de painéis fotovoltaicos na Rodoferroviária da capital e nos terminais de ônibus dos bairros Boqueirão, Santa Cândida e Pinheirinho.
Do mesmo programa é o espaço Curitiba Solar, situado no complexo do Instituto Municipal de Administração Pública (IMAP), perto do Salão de Atos do Parque Barigui. Curitiba Solar foi um ambiente desenvolvido para estudo e para divulgar informações.
Assim, é possível conhecer como a capital vem investindo no desenvolvimento das energias renováveis. Brevemente, serão divulgadas informações sobre a Pirâmide Solar do Caximba (projeto em construção no antigo aterro sanitário).
Pirâmide Solar do Caximba
A usina do Caximba vai ter potência de 4,55 MWp. É um projeto pioneiro na América Latina, considerando que será construído sobre aterro sanitário. De acordo com a secretaria do Meio Ambiente, essa usina tem impacto benéfico em dois grandes pontos:
transformação de um passivo ambiental em usina geradora de energia renovável;
estímulo à população para buscar fontes menos poluentes de energia.
Insolação
Curitiba tem um potencial gerador que ultrapassa o da Alemanha. O país europeu está em terceiro lugar entre as nações que mais usam energia fotovoltaica em todo o planeta.
A média de insolação em Curitiba, conforme o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a NASA, é de 800 kWh/m2. Já na Alemanha, a média de insolação é de 250 kWh/m2.
Esse dado mostra que a capital paranaense tem todas as características necessárias para produzir muita energia fotovoltaica. É possível, assim, investir em microgeração, minigeração ou usina de geração solar.
Durabilidade e payback do sistema fotovoltaico
A vida útil do sistema é de, em média, de 25 anos, com garantia de fábrica. O payback (retorno do investimento) acontece em torno de cinco ou seis anos. Esse indicador mostra o período que o sistema leva para dar retorno do valor que foi aplicado na compra dos equipamentos e de sua instalação.
Sistemas de energia solar residenciais costumam ser viáveis e lucrativos em todo o Brasil. Alguns especialistas indicam o investimento em energia solar como mais rentável que muitos outros produtos do mercado financeiro.
Custos com energia elétrica
Também vale a pena investir em energia solar em Curitiba por causa das tarifas de energia elétrica. Na capital do Paraná, como em todo o Brasil, os custos com esse setor tendem a ser muito altos. O sistema fotovoltaico ajuda a reduzir a conta da energia elétrica.
Vale observar, ainda, que a economia já acontece imediatamente. Com essa redução, o usuário pode pagar o sistema, que geralmente é adquirido por meio de financiamento. A redução da conta de energia pode chegar a valores entre 70% e até 90%.
Manutenção
A manutenção do sistema fotovoltaico é simples de fazer: basta usar uma vassoura e uma flanela para remover a poeira e outras sujeiras. Para lavar, é só usar água e sabão neutro. É um procedimento que pode ser feito a cada seis meses ou anualmente, dependendo da região.
Como estamos falando de Curitiba, onde as chuvas são abundantes durante todo o ano, a limpeza pode ser feita uma vez por ano. Na cidade, não há estação seca. O índice de precipitações chega a, aproximadamente, 1.575 milímetros por ano.
Possibilidade de diferentes modalidades de instalação
A energia solar em Curitiba permite a instalação do sistema fotovoltaico em três modalidades: sistema on-grid, sistema off-grid e sistema híbrido:
sistema on-grid: conectado à rede elétrica, em que a energia produzida em excesso fica armazenada na rede de energia da concessionária local;
sistema híbrido: opera de forma autônoma ou conectado à rede elétrica, assim, o usuário pode armazenar energia também em baterias para quando a energia da rede elétrica faltar.
A modalidade on-grid é a mais comum na zona urbana. Há um compartilhamento entre a energia gerada por energia solar e a energia elétrica fornecida pela concessionária. Quando o fornecimento do sistema é insuficiente para suprir a demanda do imóvel, a concessionária atende a essa demanda.
A modalidade off-grid é mais usada na zona rural, em regiões onde a energia elétrica não alcança ou presta atendimento precário. Naturalmente, para comprar e manter um banco de baterias, os custos são mais altos.
Proteção ao meio ambiente
Ao optar por investir em energia solar em Curitiba, o consumidor também está ajudando a preservar o meio ambiente. A geração de energia pelas placas solares corresponde à plantação de 3,75 árvores, 0,54 toneladas de carvão poupados e à prevenção de 1,36 toneladas de gás carbônico na atmosfera.
Passos para usar energia solar em Curitiba
Podemos resumir as etapas necessárias para fazer uso de energia solar em Curitiba. É importante, antes de tudo, encontrar uma empresa especializada em sistemas fotovoltaicos. Em seguida:
consulta gratuita: a empresa analisa a viabilidade financeira e técnica do sistema;
proposta comercial: o fornecedor define um orçamento conforme as demandas de consumo;
visita técnica: uma equipe de profissionais qualificados é enviada até o imóvel para detalhamento e finalização do projeto;
instalação: o processo acontece, geralmente, em até dois dias úteis, conforme a dimensão;
monitoramento: a empresa faz o acompanhamento da funcionalidade do sistema, prestando assistência quando necessário.
Apresentamos um panorama bastante promissor para investir em energia solar em Curitiba. Essa cidade vem se destacando no Brasil por suas soluções sustentáveis, que envolvem a proteção de áreas verdes, o abastecimento de carros elétricos e a instalação de sistemas fotovoltaicos em diferentes locais da capital, sejam públicos, sejam privados.
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