Como se comporta o mercado de energia solar no oeste catarinense?

Como se comporta o mercado de energia solar no oeste catarinense?

O mercado de energia solar tem crescido bastante no mundo todo, de maneira exponencial. Essa movimentação a favor das fontes alternativas de energia é uma reação que confirma o quanto as pessoas estão realmente interessadas em aplicar técnicas sustentáveis, limpas e renováveis. E você sabe como funciona a energia solar no oeste catarinense?

Na verdade, a energia solar é a que mais cresce no Brasil. Até o ano de 2026, a expectativa é que ela atinja 5% de toda a energia produzida no país, com 770 mil brasileiros utilizando sistemas fotovoltaicos. Essa é a estimativa do Ministério de Minas e Energia.

Neste post, veremos como está se comportando o mercado de energia solar no oeste catarinense e no Brasil como um todo. Vale a pena conferir!

 

A geração simples, vantajosa e eficiente de energia solar

Qualquer projeto de energia solar é efetuado levando em conta o nível de incidência de luz do sol na região, assim como as necessidades do consumidor. Os painéis fotovoltaicos costumam ser instalados no telhado, fazendo uso da estrutura que já existe. Mas, em algumas situações, para que o sistema fique mais produtivo, recomenda-se sua instalação nas paredes ou no terreno.

Um profissional especializado deve fazer a análise de viabilidade e verificar quais as melhores condições de instalação. A partir do recebimento da licença da distribuidora, o consumidor já pode iniciar a geração e consumo de energia.

Os sistemas de energia fotovoltaica podem consumir até 95% da energia que é necessária em um imóvel. Como não existem motores, nem partes móveis, a manutenção é simples de realizar. Vale lembrar que, durante os dias nublados, o sistema também pode operar. As chuvas, ainda que reduzam a eficiência dos painéis, ajudam a limpá-los.

Quando o sistema não for capaz de gerar eletricidade, ainda é possível fazer uso da energia elétrica gerada que foi para a rede da distribuidora, pois toda energia em excesso é direcionada à rede pública e é convertida em créditos para o consumidor.

 

A atual situação do estado de Santa Catarina

Santa Catarina destaca-se no cenário brasileiro por ter sido um estado pioneiro no uso da tecnologia fotovoltaica para produzir energia elétrica. Mesmo sem apresentar uma incidência solar muito alta, o estado é um dos que mais aproveitam a energia solar per capita (por cabeça).

Quando se considera a quantidade de unidades de geração distribuída, Santa Catarina ocupa o quarto lugar: das 24,6 mil fontes que existem no Brasil, 2,2 mil estão em SC.

Isso resulta da consciência ambiental desenvolvida e dos incentivos governamentais e privados para utilizar essa tecnologia, como o Projeto Indústria Solar (da Federação das Indústrias de Santa Catarina, FIESC) e o Bônus Fotovoltaico da CELESC (Centrais Elétricas de Santa Catarina).

Também existe o programa de incentivo da Associação Catarinense de Supermercados (ACATS), que criou uma linha de financiamento própria. Os benefícios são destinados a residências, indústrias e até agroindústrias. Bancos e cooperativas oferecem linhas de crédito específicas para aqueles que desejam comprar um sistema fotovoltaico.

 

A energia solar no oeste catarinense

No estado, destaca-se principalmente a energia solar no oeste catarinense. Nos dias 07 a 09 de agosto de 2019, houve debates realizados no oeste de SC, que reuniram mais de 250 pessoas nos municípios de Quilombo, Chapecó, Pinhalzinho e Dionísio Cerqueira.

Na palestra “Cooperativismo e a Energia Solar Fotovoltaica” abordou-se a possibilidade de os consumidores se reunirem em cooperativas para a produção de sua própria energia, como determina a Resolução Normativa 687 da ANEEL, de 2015. A palestrante foi Kathlen Schneider, diretora do IDEAL e pesquisadora do Centro de Pesquisas e Capacitação em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina. As palestras se encerraram na cidade de Chapecó.

 

O caso de Itá

Devido aos altos custos da energia elétrica no Brasil e ao aumento da competitividade de preços em relação aos equipamentos fotovoltaicos, os projetos de energia solar estão crescendo no Brasil.

Um exemplo de como a energia solar no oeste de Santa Catarina está se desenvolvendo acontece no município de Itá. Uma agroindústria, que trabalha com frutas finas, resolveu investir em um sistema fotovoltaico. Ela produz amora, framboesa e mirtilo desde 2012 — frutas conhecidas como antioxidantes, ou seja, que combatem os radicais livres e o envelhecimento.

Desde janeiro de 2019, a agroindústria instalou os painéis solares, gerando praticamente toda a energia elétrica consumida no terreno. A conta mensal, que girava em torno de R$ 4 mil e R$ 4,5 mil por mês, teve uma redução significativa de 90%!

A expectativa é que, ao final de um ano, a economia seja de aproximadamente R$ 50 mil. Foram colocadas 140 placas fotovoltaicas, sendo que o sistema tem uma vida média de, pelo menos, 25 anos. Dessa forma, o investimento de R$ 300 mil pode ser recuperado em menos de cinco anos, conforme afirma o sócio Gleison Minella.

Além de ajudar na economia de energia elétrica, o local tornou-se um foco para atração de turistas e geração de renda. Os espaços cobertos servem ainda para o recebimento das mercadorias do agronegócio. Na verdade, o setor do agronegócio tem sido um dos mais beneficiados pela tecnologia fotovoltaica, especialmente pelos elevados gastos com energia elétrica.

Na cidade, ainda foi construído, em 2017, um bonde movido completamente a energia solar. Chama-se Funicular, que liga a cidade baixa (onde estão as atrações turísticas) ao centro da cidade. Trata-se do primeiro bonde construído totalmente com tecnologia fotovoltaica no Brasil. Ele já saiu da fábrica com placas solares instaladas no teto, as quais geram energia para alimentar os comandos internos (abertura e fechamento de portas, iluminação e refrigeração).

A Itá Eco Turismo tem uma área de 25 mil metros quadrados de floresta preservada e opções de diversão, como circuito de arvorismo, tirolesa e passeios (sendo o terceiro maior trajeto da América do Sul). Trata-se do primeiro empreendimento turístico de Itá a tornar-se autossuficiente em energia, e o seu sistema fotovoltaico gerará uma economia de R$ 900,00 na fatura da energia elétrica.

A energia solar no oeste catarinense tem destaque dentro do estado e também serve de referencial para o país. Além do município de Itá, outras cidades se destacam nesse cenário, como Chapecó, Concórdia e Joaçaba. O potencial não se limita ao oeste, mas a todo o estado, mesmo considerando os índices moderados de insolação, o que confirma que a aplicação da energia fotovoltaica está condicionada a outros fatores, como iniciativas privadas e incentivos.

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